Para tornar os dias mais leves, os utentes recriaram vários quadros de artistas de renome, assim como exprimiram, através de desenhos, o sentimento que lhes trazia a nova realidade.
“Foi engraçado. Era uma maneira de uma pessoa se distrair, como estávamos ali fechados, e para nos entretermos”, disse um utente.
O lar residencial acolhe 37 utentes. A média de idades ronda os 40 anos, o que não significa que não haja espaço tanto para as crianças como para os mais velhos. Independentemente da idade, os períodos de confinamento foram difíceis de viver.
“Foi muito difícil, porque é difícil estarmos fechados e cá foram sempre estamos ao ar livre, com as pessoas que nós amamos, com os familiares”, referiu uma utente.
Segundo Teresa Silva, directora técnica na Academia dos Santos Mártires, os trabalhos foram uma forma de cultivar a esperança, acreditando num futuro livre da doença.
“O importante era manter a esperança e a alegria e isso foi a nossa preocupação, porque a instituição residencial é um espaço de vida, e apesar deste ambiente de doença, o importante foi manter o foco no futuro e mantê-los ocupados”, frisou a responsável.
Os desenhos são da autoria dos utentes da Academia dos Santos Mártires. Já a recriação fotográfica dos quadros é um trabalho que se alargou aos utentes da CERCIMAC, a Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados, em Macedo de Cavaleiros.
A exposição pode ser vista gratuitamente e está patente, nos claustros da igreja da antiga Sé de Bragança, até ao dia 1 de Outubro.
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