Em 1970 ingressei no mundo dos estudos na então chamada 1.ª classe. A escola era a Escola Anexa Feminina nº 2, vulgo Escola de São Sebastião. As professoras da época nessa escola de que me lembro eram a professora Maria José Vila Afonso, professora Fernanda Vidal, que viria a ser minha professora da 4.ª classe e de quem gostei muito e, claro, a “melhor professora do mundo”, Infância Barreira de seu nome.
Adorei andar na escola. Adorei a minha primeira professora. Talvez tenha sido por isso que decidi, aos 6 anos de idade, abraçar também essa profissão. Até hoje…
Lembro-me bem do primeiro dia de aulas. Os meus pais levaram-me pela mão, quase como se me fossem entregar… Pelo caminho, disseram-me para não ter medo do “homem das raposas”, pois era apenas um homem que gostava de animais e de se vestir de uma forma peculiar e que não fazia mal a ninguém. Confesso que não acreditei e, se o visse, corria para casa ou para a escola como quem tinha visto o “homem do saco”. O certo é que dei razão aos meus pais, mas apenas muitos anos mais tarde.
Quando chegámos à escola, lá estava a minha professora para me receber. Pareceu-me muito alta… e a bata tinha sido lavada com lixívia com toda a certeza, de tão branca que era. Agarrei-me à saia da minha mãe e não queria ficar. Mas, com a calma que sempre conheci à minha professora, lá fui entrando “enganada” para os meus pais irem embora e a medo. As minhas colegas já estavam sentadas. Lembro-me de algumas e ainda converso com outras. A professora disse-me qual era o meu lugar e fiquei sentada ao lado da G. Mais tarde, ficaria ao lado da A.
As aulas começaram e foi quando reparei que a professora Infância não se limitava a ensinar a “ler, escrever e contar” tão na moda nesses tempos obscuros do antes 25 de abril. Ela contava histórias. Ela ensinava canções. Ela montava bancas de feiras para nos ensinar a comprar. Ela obrigava a decorar poesias. Algumas ainda as sei de cor…
Nos anos 80 voltei à Escola de São Sebastião. Enquanto aluna da Escola do Magistério Primário, foi essa a escola que me foi atribuída para estagiar. Sabia apenas que era uma turma de 3.º ano. Quando cheguei, lá estava a minha professora!
- Oh Zézinha, que andas por aqui a fazer?
- Venho estagiar, senhora professora.
- O quê?!? Já estás no estágio?!?
A minha resposta foi apenas um tímido sorriso…
- Para que turma vais?
- Não sei, apenas sei que é uma turma de 3.º ano…
- Olha… é a minha!
Bom, estão a imaginar o misto de surpresa e de alegria de “voltar a casa”.
Foi um privilégio que esta senhora tenha entrado por duas vezes na minha vida para me ensinar. Ensinar os primeiros passos de aluna e ensinar os primeiros passos de professora.
Adorei andar na escola. Adorei a minha primeira professora. Talvez tenha sido por isso que decidi, aos 6 anos de idade, abraçar também essa profissão. Até hoje…
Lembro-me bem do primeiro dia de aulas. Os meus pais levaram-me pela mão, quase como se me fossem entregar… Pelo caminho, disseram-me para não ter medo do “homem das raposas”, pois era apenas um homem que gostava de animais e de se vestir de uma forma peculiar e que não fazia mal a ninguém. Confesso que não acreditei e, se o visse, corria para casa ou para a escola como quem tinha visto o “homem do saco”. O certo é que dei razão aos meus pais, mas apenas muitos anos mais tarde.
Quando chegámos à escola, lá estava a minha professora para me receber. Pareceu-me muito alta… e a bata tinha sido lavada com lixívia com toda a certeza, de tão branca que era. Agarrei-me à saia da minha mãe e não queria ficar. Mas, com a calma que sempre conheci à minha professora, lá fui entrando “enganada” para os meus pais irem embora e a medo. As minhas colegas já estavam sentadas. Lembro-me de algumas e ainda converso com outras. A professora disse-me qual era o meu lugar e fiquei sentada ao lado da G. Mais tarde, ficaria ao lado da A.
As aulas começaram e foi quando reparei que a professora Infância não se limitava a ensinar a “ler, escrever e contar” tão na moda nesses tempos obscuros do antes 25 de abril. Ela contava histórias. Ela ensinava canções. Ela montava bancas de feiras para nos ensinar a comprar. Ela obrigava a decorar poesias. Algumas ainda as sei de cor…
Nos anos 80 voltei à Escola de São Sebastião. Enquanto aluna da Escola do Magistério Primário, foi essa a escola que me foi atribuída para estagiar. Sabia apenas que era uma turma de 3.º ano. Quando cheguei, lá estava a minha professora!
- Oh Zézinha, que andas por aqui a fazer?
- Venho estagiar, senhora professora.
- O quê?!? Já estás no estágio?!?
A minha resposta foi apenas um tímido sorriso…
- Para que turma vais?
- Não sei, apenas sei que é uma turma de 3.º ano…
- Olha… é a minha!
Bom, estão a imaginar o misto de surpresa e de alegria de “voltar a casa”.
Foi um privilégio que esta senhora tenha entrado por duas vezes na minha vida para me ensinar. Ensinar os primeiros passos de aluna e ensinar os primeiros passos de professora.
Obrigada, Senhora Professora Infância Barreira!
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