quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Primeira Comunidade de Energia Cleanwatts surge em Miranda do Douro

 Em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro, a Cleanwatts assume a liderança na implementação do primeiro projecto em Portugal ao abrigo do novo regime jurídico relativo ao autoconsumo colectivo e às comunidades de energia renovável.


Vai ser inaugurada no próximo dia 24 de agosto a primeira comunidade de Energia Cleanwatts em Miranda do Douro, um projeto que envolve Cleanwatts e a Santa Casa da Misericórdia local. A iniciativa conta com a presença do Ministro do Ambiente e da Transição Energética,João Pedro Matos Fernandes, do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, e da Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.

Em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro, a Cleanwatts assume a liderança na implementação do primeiro projecto em Portugal ao abrigo do novo regime jurídico relativo ao autoconsumo colectivo e às comunidades de energia renovável.

“Estamos orgulhosos de ser a primeira instituição com uma comunidade de energia em Portugal, acreditamos ser uma vantagem não só para a instituição como também para todos os membros da comunidade envolvente. A Cleanwatts teve uma colaboração muito próxima e a sua proposta não exigiu investimento, pelo que claramente recomendaria esta opção a outras instituições, de modo a reduzir custos de energia bem como a pegada carbónica”, diz Armênio Gomes, Vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro.

Tendo por base a evolução tecnológica do sector, as comunidades de energia estão a crescer exponencialmente em todo o mundo, para responder ao desafio de energia limpa e atender às metas de Neutralidade Carbónica, garantindo preços de energia acessíveis e combatendo a pobreza energética. Na Europa, espera-se que cerca de 37% das residências participem em comunidades de energia até 2050. Nos EUA, os projetos solares comunitários já representam 11% do total de energia vendida e, apenas no ano passado, foram instalados 3,1 GW de energia fotovoltaica através de comunidades de energia.

Desenvolvido especificamente para endereçar as necessidades dos vários participantes das comunidades de energia, o Sistema Operativo da Cleanwatts combina os benefícios da eficiência energética com a gestão de activos de energia distribuída (solar, baterias, veículos eléctricos, equipamentos de climatização, etc) de modo a maximizar o valor da energia produzida, armazenada e consumida no âmbito de uma comunidade de energia, permitindo que os seus participantes beneficiem de energia limpa mais barata do que a energia de mercado.

“Estamos particularmente orgulhosos desta conquista histórica, especialmente devido ao impacto social positivo que este projecto terá na comunidade. Numa altura em que os preços da energia estão a disparar em toda a Europa, é importante realçar que as comunidades da energia representam uma solução eficaz para dois enormes desafios: as alterações climáticas e a pobreza energética. O nosso Sistema Operativo foi desenvolvido para acelerar os benefícios da transição energética global, oferecendo aos participantes energia limpa de origem local e a preços acessíveis, ao mesmo tempo que garante resiliência e segurança de abastecimento para toda a comunidade”, salienta Michael Pinto, CEO e cofundador da Cleanwatts.

O evento de inauguração será realizado no dia 24 de Agosto 2021, pelas 14:30, no Hotel Parador Santa Catarina, Largo da Pousada, em Miranda do Douro. Contará com a presença do Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, que vem a Miranda falar sobre “Portugal na liderança da luta contra as alterações climatéricas“. Agendadas estão ainda intervenções de João Galamba sobre “A importância do autoconsumo colectivo e comunidades de energia renovável na política de transição energética de Portugal” e da Secretária de Estado da Valorização do Interior, que falará sobre a “Valorização dos territórios do interior e afirmação das regiões transfronteiriças através do aproveitamento do seu potencial endógeno, do estímulo à fixação e atração de pessoas, e da diversificação da sua base económica.”

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