A instituição está a passar sérias dificuldades que, essencialmente, se refletem devido à não realização da Feira de São Pedro há dois anos consecutivos, adianta Paulo Moreira, presidente da ACISMC:
“Vamos no segundo ano sem Feira de São Pedro e, automaticamente, sem verba. Não é fácil sustentar cinco funcionários com uma casa que depende essencialmente deste tipo de atividades, bem como dos sócios, na questão do pagamento de quotas.
A Covid-19 dificultou também o apoio dos sócios porque como é que podemos receber se eles também não recebem?
Até as formações modulares foram congeladas.”
E despedir colaboradores pode ser, no futuro, uma solução:
“Não estamos a arrastar o problema, estamos a tentar corrigi-lo, mas sem base de receita é difícil. Não temos mecanismos e isso pode implicar uma rutura por parte dos colaboradores, e com toda a legitimidade.
Pode haver despedimentos, é uma possibilidade. Quando uma estrutura não consegue suportar a totalidade da componente de colaboradores que tem, automaticamente tem de se ajustar. Não podemos aumentar o buraco e comprometer mais salários.”
Entretanto, o Município Macedense estabeleceu um contrato de prestação de serviços com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços, por forma a conseguir disponibilizar algum apoio à instituição, como explica Benjamim Rodrigues, autarca:
“Vamos ocupar as salas disponíveis, na Associação, com utilizadores de co-working. Essa é uma forma de tentarmos, legalmente, justificar a prestação de serviços. Fizemos este acordo até ao final do ano.”
Estão a ser promovidas várias reuniões de forma a serem organizadas iniciativas que possam trazer alguma receita à Associação, no entanto Paulo Moreira não adiantou detalhes, acrescentando apenas que esta “é uma situação difícil” e que a sua equipa não irá “abandonar a estrutura na sua pior fase”.
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