Em Vila Boa de Ousilhão, os mais velhos não quiseram faltar. Desde a medição da tensão e da glicémia até à formação de primeiros socorros, os idosos prometeram seguir os conselhos dos futuros doutores. “Acho muito bem para as pessoas estarem esclarecidas, ainda por cima agora, numa altura de pandemia”, disse Adília Alves. “Disseram-me que tenho a tensão alta e que não devo comer sal. Vou seguir os concelhos”, contou Maria Albertina. “Gostei muito de ouvir. O saber nunca é demais”, referiu Bernardete Pires.
Os estudantes realizaram ainda actividades de envelhecimento activo, mas também se dirigiram às crianças, para promover o contacto próximo com os mais novos. “Medicina vai a Vinhais” tem o objectivo de fazer chegar os cuidados de saúde a localidades mais isoladas, explica Carolina Noronha, da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, responsável pela organização da iniciativa. “Queremos tentar chegar a localidades mais no norte do país porque são áreas mais desertificadas, mais longe dos cuidados de saúde. Uma vez que somos uma faculdade do norte, achámos por bem vir a estas regiões de Trás-os-Montes. Fizemos vários contactos e Vinhais mostrou interesse em que aqui viéssemos”.
A Junta de Freguesia de Vila Boa de Ousilhão foi um dos pontos de encontro. A presidente, Sónia Afonso, não deixou de realçar a importância da iniciativa para os habitantes da aldeia. “É uma mais valia para as pessoas estarem informadas. Ficam sempre a saber o que fazer numa situação de emergência. Muitas vezes dão-se situações em que ficam atrapalhadas e não sabem o que fazer ou a quem recorrer. Por isso, são acções importantes”.
Esta foi uma forma também dos estudantes de Medicina da Universidade do Porto colorem em prática o que aprenderam.
“Medicina vai a Vinhais” aconteceu entre 5 e 11 de Setembro e percorreu todas as freguesias do concelho.
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