Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Às vezes, quando o quotidiano nos desvia um quase nada da rotina egoísta do nosso viver, damos um pouco mais de importância ao saldo acumulado, que não sendo negativo, nos faz sentir mais humanos.
Quotidianamente cruzo-me com pessoas das quais guardo as recordações mais díspares, não deixando essa disparidade de ser agradável nas suas gradações que são afinal o que é mais importante no acto decorrente de viver.
Ao sair de casa pela manhã, os pensamentos são quase sempre recobertos de uma neblina que lentamente vai clareando e nos deixa aperceber do tom de voz daqueles que nos saúdam, da indiferença que nos dispensam os mais circunspectos e na alegria de uma saudação de amigos que se calhar estão como nós confusos nesta Babel em que a vida nos prendeu.
Lembramo-nos de vários episódios em que a manifestação de amizade surge espontânea dos lábios de interlocutores que também não pensávamos ser possível, dado o afastamento físico que durante anos nos separou. É o descobrir de sentimentos que não são claros mas que têm que ver com lembranças comuns, retirados das vivências passadas que formam como que uma ligação aos outros que só em momentos especiais relembramos como sendo a génese de amizade e admiração por quem como nós seguiu o modo comedido de estar e fazer, cumprindo o dever social de viver em sociedade. É o facto de pisarmos as pedras que pisámos num tempo já longínquo que nos leva à referência que adoptamos para participar no teatro da vida, quem tem sempre semelhança com a Tragédia grega, num patamar não tido em conta mas que atravessa as nossas vidas numa constante de pertença e solidariedade.
De todas as circunstâncias que dão forma ao que metaforicamente pode ser considerado como acto social seria bom retermos um pouco mais de atenção aos denunciadores de diálogo com o outro que passa na rua em que nós passamos e nos, cumprimenta com jovialidade e dos que passam indiferentes, absortos nos seus cuidados que o tempo ajudará a tornar inofensivos quanto ao motivo e ao desfecho.
Viver em sociedade é sempre um acto de fruição em que o nosso cérebro se preocupa em procurar meios alternativos de se afastar de questões de litígio e procura encontrar algo já conhecido e mais fácil de lidar por parte do nosso carácter que se moldará melhor para apreciarmos as coisas belas do mundo que os homens pretendem ter para si. A capacidade de conviver com os outros é um acto que podemos desenvolver para sermos mais sociáveis e comunicativos e termos frieza de raciocínio para escolhermos as companhias mais agradáveis. Faz que nos sintamos mais bem recebidos pois é sempre agradável o diálogo com alguém sereno de vocabulário em que a asneira não se vislumbra e o bom senso se sobrepõe um todas as circunstâncias.
Vive-se hoje um clima de incertezas e o medo de um retrocesso civilizacional que resultará de sonhos de grandeza de alguns homens que não possuem coração e pretendem acabar com a civilização que ao longo dos séculos foi ensinando aos homens que o outro homem é igual a ele, tão só porque Deus o fez seu irmão.
A falta de paz fará a humanidade regredir, o que nos leva a crer que o que acontece harmoniosamente hoje quando de manhã saímos e a vida flui, poderá transformar-se numa visão apocalíptica.
Que se cumpra o tempo de sermos de novo Senhores do nosso destino e que possamos ter dentro de nós a chama que os faz contentes consigo mesmos e com os outros homens.
Quotidianamente cruzo-me com pessoas das quais guardo as recordações mais díspares, não deixando essa disparidade de ser agradável nas suas gradações que são afinal o que é mais importante no acto decorrente de viver.
Ao sair de casa pela manhã, os pensamentos são quase sempre recobertos de uma neblina que lentamente vai clareando e nos deixa aperceber do tom de voz daqueles que nos saúdam, da indiferença que nos dispensam os mais circunspectos e na alegria de uma saudação de amigos que se calhar estão como nós confusos nesta Babel em que a vida nos prendeu.
Lembramo-nos de vários episódios em que a manifestação de amizade surge espontânea dos lábios de interlocutores que também não pensávamos ser possível, dado o afastamento físico que durante anos nos separou. É o descobrir de sentimentos que não são claros mas que têm que ver com lembranças comuns, retirados das vivências passadas que formam como que uma ligação aos outros que só em momentos especiais relembramos como sendo a génese de amizade e admiração por quem como nós seguiu o modo comedido de estar e fazer, cumprindo o dever social de viver em sociedade. É o facto de pisarmos as pedras que pisámos num tempo já longínquo que nos leva à referência que adoptamos para participar no teatro da vida, quem tem sempre semelhança com a Tragédia grega, num patamar não tido em conta mas que atravessa as nossas vidas numa constante de pertença e solidariedade.
De todas as circunstâncias que dão forma ao que metaforicamente pode ser considerado como acto social seria bom retermos um pouco mais de atenção aos denunciadores de diálogo com o outro que passa na rua em que nós passamos e nos, cumprimenta com jovialidade e dos que passam indiferentes, absortos nos seus cuidados que o tempo ajudará a tornar inofensivos quanto ao motivo e ao desfecho.
Viver em sociedade é sempre um acto de fruição em que o nosso cérebro se preocupa em procurar meios alternativos de se afastar de questões de litígio e procura encontrar algo já conhecido e mais fácil de lidar por parte do nosso carácter que se moldará melhor para apreciarmos as coisas belas do mundo que os homens pretendem ter para si. A capacidade de conviver com os outros é um acto que podemos desenvolver para sermos mais sociáveis e comunicativos e termos frieza de raciocínio para escolhermos as companhias mais agradáveis. Faz que nos sintamos mais bem recebidos pois é sempre agradável o diálogo com alguém sereno de vocabulário em que a asneira não se vislumbra e o bom senso se sobrepõe um todas as circunstâncias.
Vive-se hoje um clima de incertezas e o medo de um retrocesso civilizacional que resultará de sonhos de grandeza de alguns homens que não possuem coração e pretendem acabar com a civilização que ao longo dos séculos foi ensinando aos homens que o outro homem é igual a ele, tão só porque Deus o fez seu irmão.
A falta de paz fará a humanidade regredir, o que nos leva a crer que o que acontece harmoniosamente hoje quando de manhã saímos e a vida flui, poderá transformar-se numa visão apocalíptica.
Que se cumpra o tempo de sermos de novo Senhores do nosso destino e que possamos ter dentro de nós a chama que os faz contentes consigo mesmos e com os outros homens.
Bragança, domingo, 29 de Maio de 2022
A. O. dos Santos
(Bombadas)
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