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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

CIM Douro aplaude suspensão da Carta de Perigosidade de Incêndio Rural

 A Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro), que agrega 19 municípios, disse hoje que a decisão do Governo de suspender a Carta de Perigosidade de Incêndio Rural vai ao encontro das “necessidades reais” do país.


“Não é um retrocesso do Governo, é antes ir ao encontro das necessidades reais do país e a Carta de Perigosidade de Incêndios rurais não ia”, afirmou à agência Lusa Nuno Gonçalves, vice-presidente da CIM Douro.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse na quinta-feira que a entrada em vigor da Carta de Perigosidade de Incêndio Rural vai ser suspensa, até 31 de dezembro, para permitir a sua revisão e “acautelar preocupações” manifestadas pelos agentes do território.

Segundo a governante, a suspensão “permitirá que continuem a vigorar as cartas municipais” e dará “tempo para sua revisão e para se acautelar um conjunto significativo de preocupações do território que são legítimas”.

A CIM Douro foi uma das entidades que se opôs à entrada em vigor do documento.

Nuno Gonçalves, também presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, lembrou que a carta de perigosidade, que ia entrar em vigor, “estava desatualizada” e estava a usar “ortofotomapas de 2018 numa paisagem que é evolutiva”.

O autarca frisou que, entre 2018 e 2022, a “paisagem evoluiu”.

“Vemos com bons olhos este retrocesso e este repensar de um instrumento que é extremamente importante e que a CIM Douro e os seus municípios consideram de extrema importância, mas que tem que ser feito de acordo com o que existe no território e não tendo como base o que estava a ser usado pelas entidades”, afirmou.

Entidades, especificou, como a Direção-Geral do Território (DGT) e a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).

Nuno Gonçalves espera, agora, que os municípios “sejam mais ouvidos e que sejam interventivos em prol de um território que se quer dinâmico, que quer que as pessoas se fixem nele e um território que não quer ser um entrave para os empreendedores, mas sim uma porta aberta para os empreendedores que se queiram cá estabelecer”.

“A carta é um instrumento de extrema importância, agora tem que refletir a realidade do território e a realidade dos seus municípios, que era algo que esta carta não fazia”, afirmou.

Aliás, acrescentou, esta “carta de perigosidade mais não era do que um entrave para o próprio desenvolvimento dos municípios”.

“Temos que ter consciência de que os documentos com esta importância e que vão ser um forte instrumento para o futuro têm que estar adequados com a realidade e têm que estar adequados com a intenção dos territórios e das próprias populações”.

A Carta de Perigosidade de Incêndio Rural, publicada sob aviso em Diário da República em 28 de março, é um instrumento para planeamento das medidas de prevenção e combate a incêndios rurais, para definição dos condicionamentos às atividades de fruição dos espaços rurais.

Este instrumento tem motivado críticas de várias comunidades intermunicipais, municípios e de uma associação de vítimas de incêndios.

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