“Após a paragem devido à pandemia, o que se pretende nesta edição do Festival Terra Transmontana [FTT] é criar um fio condutor, mais homogéneo e estruturante, que fique para os anos seguintes, sobretudo, no que respeita à etnografia do concelho”, explicou à lusa a vereadora da cultura no município de Mogadouro, Márcia Barros.
Com uma forte componente lúdica, proporciona o contacto com a natureza, com as ritualidades, a música folk, a gastronomia, as artes e ofícios e as demais expressividades poético-culturais que caracterizam esta região do Planalto Mirandês, recuando também até contextos medievais, como é o caso da Carta de Foral atribuída a esta vila, em 27 de dezembro de 1272, pelo rei D. Afonso III.
“Os ofícios, as tradições, a gastronomia, as sonoridades da região, são, portanto, um conjunto de atividades que pretendem valorizar tudo o que é história e o que levou a Mogadouro, a ser aquilo que é hoje”, concretizou a autarca.
O FTT tem uma particularidade única, já que se realiza no centro histórico da vila, junto ao velho castelo Templário da localidade, largo da Misericórdia e do emblemático bairro do Penedo e largo Conde de Ferreira, onde os visitantes marcam encontro com a história e as tradições seculares deste território fronteiriço.
Com esta iniciativa pretende-se também proporcionar oportunidades de mostra e comercialização de produtos locais, com diversas tendas e bancas de expositores, numa zona da vila que vai perdendo habitantes.
Durante o FTT os moradores da zona histórica da vila de Mogadouro abrem as portas das suas casas transformando-as em "verdadeiros" espaços gastronómicos.
Este ano o festival está organizado em quatro espaços como praça Folk e tabernas, feira de tradições, mercado de velharias e dos produtos hortícolas e casas particulares transformadas em espaços gastronómicos na zona histórica.
“Este festival acaba por mexer com a economia da vila, principalmente, da zona histórica de Mogadouro”, vincou Márcia Barros.
A música dos Trasga e Ratimbar abrem o festival no dia 22 . Já no dia 23 sobem ao palco Músicas da Raia (da parte da tarde), Pé na Terra e Galandum Galundaina (à noite).
Já o dia 24 de julho, o último dia do FTT, ficará reservado para o desfile etnográfico, que este ano pretende envolver várias instituições do concelho e às quais o município atribuiu um valor monetário de 200 euros para fazer face a “algumas despesas”.
Pelo meio haverá animação de rua com gaiteiros, jogos tradicionais, teatro de rua, exposições, palestras e colóquios.
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