Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)
Lá fora, o silêncio...
Da janela de meu cativeiro,
Vi uma pobre alma,
Alquebrada!
Usava máscara de pano,
A qual impedia que lhe visse o rosto,
Nem sequer pude perceber,
Se sorria, ou se chorava,
Mas, trazia presos em si,
Os desejos, os sonhos, os medos...
Além disso, trazia uma tosse,
Presa ao peito; e uma febre,
Que queimava seu rosto espectral.
Em suas mãos transparentes,
Notei algumas sementes,
Seu presente; para todas as gentes...
Sementes de humildade, de
Solidariedade, de respeito ao
Próximo, e da Esperança para o futuro.
O planeta Terra, regenerado,
O ar mais respirável,
Os mares mais piscosos,
Os céus livres da poluição,
Permitem-nos ver estrelas....
E ela me disse para ficar em casa,
Até a morte passar... .
Fechei a janela, juntei-me à companheira,
E rezamos pelo Universo;
Que Deus se apiede de nós,
Amém!
ACAS, abril de 2020
Sem comentários:
Enviar um comentário