No fim-de-semana de 22, 23 e 24 de julho, a zona histórica do castelo de Mogadouro foi o palco do Festival Terra Transmontana, um evento repleto de animação e de atividades dedicados ao tema das comemorações dos 750 anos da vila mogadourense.
Na sexta-feira, dia 22 de julho, aquando da abertura do festival e perante vários autarcas convidados da região, o presidente do município de Mogadouro, António Pimentel, indicou que a cultura é um pilar importante para o desenvolvimento do concelho.
“O Festival Terra Transmontana visa comemorar os 750 anos de atribuição do primeiro foral a Mogadouro, em 1272, pelo rei D. Afonso III”, sublinhou o autarca.
Segundo a história, em 1512, o rei D. Manuel concedeu um novo foral a Mogadouro. E a 20 de novembro de 1433, a vila de Mogadouro foi doada a Álvaro Pires de Távora, pelo que passou a estar associada à família dos Távoras, um família que teve um papel importante e influente na região.
O presidente do município mogadourense aproveitou a abertura do Festival Terra Transmontana para afirmar que “Mogadouro é um concelho promissor”, cujo objetivo é continuar a fixar as pessoas no território através do apoio à criação de empresas.
“Queremos continuar a trabalhar todos juntos, para fortalecer o nosso concelho e definimos como objetivo até ao final do mandato, elevar Mogadouro a cidade” – António Pimentel.
Segundo o autarca, Mogadouro tem população, infraestruturas e capacidade para criar empregos e fixar os jovens, razões que o levam a acreditar que é possível alcançar o desígnio de elevação a cidade.
Sobre o Festival Terra Transmontana, este evento começou a realizar-se em 2014, tendo sido interrompido em 2020 e 2021, por causa da pandemia.
Este ano, os expositores e o público mostraram-se entusiasmados com o regresso do festival a Mogadouro.
Ao longo de três dias, o público que se dirigiu à zona histórica da vila, encontrou aí tascas, tabernas, animadores de rua, gaiteiros, pauliteiras, concertos e a música empolgante da Banda Filarmónica de Mogadouro.
No Domingo, dia 24 de julho, Paula Pires, uma das responsáveis do espaço de vendas de Nossa Senhora do Caminho, disse que o festival correu muito bem, dado a grande afluência de visitantes.
“No sábado, dia 23 de julho, houve muita gente. Aqui, no espaço de Nossa Senhora do Caminho, as pessoas compraram tiaras, terços, pulseiras, licores e limonada”, disse.
Ainda assim, Paula Pires e outras pessoas, sugeriram ao município de Mogadouro que no próximo ano, os expositores fiquem todos juntos mesmo local, para evitar a dispersão e proporcionar um fácil acesso do público aos stands.
“Este ano, as pessoas com menor mobilidade não puderam visitar os stands instalados junto ao castelo”, indicou.
Para Alberto Pardal, produtor de queijos, ainda que o negócio no decorrer do festival tenha sido fraco, disse que é importante participar nestes eventos e dar a conhecer, ao público, os produtos locais de Mogadouro.
“O queijo de ovelha e de cabra é sempre o mais procurado. Outro produto que tem obtido sucesso é mistura num só produto dos quatro queijos: cabra, ovelha, vaca e mistura, temperado com azeite, ervas aromáticas e piripiri”, indicou.
O público mostrou-se muito satisfeito pelo modo como decorreu o festival, em particular pelo interesse em assistir aos concertos musicais.
Rui Gonçalves, de Mogadouro, disse ter gostado muito do concerto dos Galandum Galundaina e de comer os petiscos nas tascas.
Por sua vez, António Gonçalves, mostrou-se muito agradado com o festival Terra Transmontana e com o cuidado em dar a conhecer a história da localidade e as suas tradições.
Como sugestão para o festival do próximo ano, o visitante, pediu que haja uma melhor sinalética do evento.
“Acho que o local do festival fica um pouco escondido. As pessoas chegam ao centro de Mogadouro e não sabem bem como chegar à zona histórica”, disse.
O desfile etnográfico, realizado pelos grupos de várias aldeias do concelho mogadourense, encerrou a edição deste ano do Festival Terra Transmontana, na tarde do Domingo, dia 24 de julho.
Os participantes no desfile mostraram-se bem dispostos e muito alegres, o que por sua vez contagiou o muito público presente nas ruas da vila de Mogadouro.
Finalizado o desfile, o presidente do município, António Pimentel, agradeceu a participação dos grupos etnográficos do concelho de Mogadouro.
“Estou felicíssimo pela adesão e pela participação dos mogadourenses. E com tanta gente dá a ideia que é agora que vamos começar o festival”, gracejou.
Sobre o evento, o autarca mogadourense referiu que foi feita uma avaliação e no próximo ano vão realizar pequenos ajustamentos para tornar o festival ainda mais funcional, como o de juntar todos os expositores no mesmo local.
“Vamos ser audazes para afirmar cada vez mais o nosso concelho, social, económica e culturalmente”, concluiu António Pimentel.
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