A Feira da Alheira de Mirandela chegou ao fim com um fim-de-semana cheio de gente, principalmente no domingo, que passou pelo certame que este ano foi alargado a outros locais da cidade.
Vítor Correia, vereador do Município mirandelense, diz que o balanço é positivo. “Ao nível da adesão das pessoas, foi espetacular com milhares de visitantes a passar pela cidade durante o fim-de-semana”, afirma.
Apesar de ainda não ter sido feito o balanço do impacto económico, tudo aponta para que o novo figurino da feira deverá manter-se na próxima edição. “Havia uma multidão em todos os espaços, pelo que este modelo que se estende até ao jardim do mercado municipal, parece-nos ter sido uma aposta ganha e que pensamos replicar”, acrescenta.
Do lado dos expositores, a ideia generalizada é que o certame teve de facto muita gente. “Houve uma afluência bastante grande do público e o facto de este ano haver mais espaço podia levar a pensar que havia menos gente do que em edições anteriores, mas acho que houve mesmo muitas pessoas a visitar a feira”, adianta um dos expositores que tinha um stand dedicado aos vinhos.
Mas ao nível dos negócios, a presença de muitos visitantes não se refletiu porque é notória a quebra do poder de compra das pessoas. “Notava-se que queriam levar mais, mas só agarravam em duas ou três alheiras e pouco mais”, afirma uma produtora de alheiras. “Via-se que as pessoas passavam sem sacos, o que significa que não fizeram compras na feira”, adianta um outro expositor do ramo da pastelaria.
No entanto, há alguns aspetos menos positivos na feira como a alegada falta de regulação do preço de venda das alheiras e o critério de atribuição dos stands. “Começamos a vender a 8 euros, mas havia outras pessoas a vender o mesmo produto a seis, a cinco e até menos e mesmo não havendo poder de compra é uma diferença muito grande num quilo de alheiras”, afirma Laura Gomes que entende ser necessário haver uma regulação dos preços.
Também o preço dos stands foi alvo de reparo, mas não só. “As barracas são muito caras e tenho de vender metade das alheiras que fiz para pagar o espaço, para isso é preferível ficar em casa, mas também se esta feira é de produtores porque razão vêm pessoas vender que não produzem nada durante o ano porque compram as alheiras, o queijo e tudo para depois vender aqui quando não produzem nada deles”, remata.
A Feira da alheira de Mirandela chegou ao fim, promete regressar em 2024.
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