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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 22 de março de 2023

ARTUR CASCAREJO SOBRE PLANO DE MOBILIDADE DO TUA: "PARA ALÉM DA FALTA DE VONTADE POLÍTICA FALTA AO ESTADO DECIDIR"

 O diretor do Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT) lança o desafio ao Governo para que comece a tão falada revitalização da linha ferroviária, precisamente, pelos cerca de 40 quilómetros do Vale do Tua, onde já foram investidos cerca de 17 milhões de euros para se implementar o Plano de Mobilidade mas que continua emperrado há sete anos.

Artur Cascarejo vai mais longe e diz que se o Estado desconfia que o operador privado não tem capacidade para o fazer então “a única solução é ser a CP a fazê-lo”.

Artur Cascarejo não quer acreditar que depois de 17 milhões de investimento o plano de mobilidade do Tua não venha a ser implementado.

O Diretor do PNRVT considera que um dos problemas que tem evitado que o processo avance tem a ver com o facto de “não existir a tradição em Portugal de uma linha férrea ser explorada por um operador privado”, pelo que lança um desafio ao Governo: “que comece a tão falada revitalização da linha férrea, exatamente por estes 40 quilómetros do Vale do Tua porque o grosso do investimento está feito, o que é preciso é garantir quem o mantenha, quem assegure a segurança da linha e a segurança da operação e se o Estado desconfia que o privado não tem capacidade para o fazer então a única solução é ser a CP a fazê-lo, porque essa é uma dívida que o território reclama até porque a barragem já está a produzir eletricidade e já está a vender há cinco anos. A única coisa que não está a ser concretizada é uma contrapartida prevista na própria DIA”, diz.

Artur Cascarejo concorda com as recentes declarações do presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, o autarca de Vila Flor, Pedro Lima, de que falta vontade política para que o plano de mobilidade seja implementado, mas não só. “Para além da vontade política falta decidir. Ou pode existir um operador privado a fazer esta operação e o Estado tem de rapidamente dizer em que condições e licenciar a operação, ou então o Estado tem que dizer que não quer um operador privado, então que seja o Estado a fazer, agora não podemos é ficar nesta terra de ninguém porque somos credores deste investimento e até acho que já estamos a ser tolerantes em ter esperado tanto tempo e com tanta boa-fé para que ele se concretize”, adianta Cascarejo que não tem dúvidas de que todo o território sairia beneficiado com a implementação do plano de mobilidade, “mas em particular o concelho de Mirandela”, sustenta.

São declarações do diretor do PNRVT que abrange os concelhos de Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Murça e Alijó. Trata-se de outra das contrapartidas pela construção da barragem de Foz Tua que já está implementada há 10 anos, ao contrário do que acontece com o plano de mobilidade.

O Sistema de Mobilidade do Tua implica um troço de ligação ferroviária de 39 quilómetros entre as estações de Brunheda e Mirandela, estando já o comboio estacionado na cidade do Tua, desde 2017. Um outro trajeto fluvial de 19 quilómetros entre Tua e Brunheda, efetuado por barco que já está atracado no cais do rio Tua e ainda 4 quilómetros de troço rodoviário entre a Estação do Tua e a Barragem.

A parte turística do plano foi concessionada ao empresário Mário Ferreira, dono da empresa Douro Azul, que recebeu 10 milhões de euros da EDP para investir no transporte no Vale do Tua.

Artigo escrito por Fernando Pires
(jornalista)

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