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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 24 de março de 2023

Governo diz ser necessário encontrar soluções para preservação do mirandês

 O secretário de Estado da Educação, António Leite, disse hoje que é necessário encontrar soluções para evitar a extinção da segunda língua oficial em Portugal, sendo o diálogo com os agentes locais a melhor forma de preservação.


“Teremos de procurar com a autarquia local e com o agrupamento de escolas, qual a melhor forma de combater a extinção do mirandês, e desde logo no meio escolar. Não escondo que uma língua não se mantém, apenas, por vontade de o fazer, ou porque há vontade de uma escola, e por isso estaremos disponíveis para estudar esta situação”, disse António Leite à agência Lusa, em Freixo de Espada à Cinta.

O governante acrescentou ainda que seria muito estranho se estivéssemos a defender a língua portuguesa, como acontece em Timor-Leste e não se apoiasse uma língua oficial dentro do país, como o mirandês.

“Estamos a defender a língua portuguesa em países que, tendo a nosso idioma como oficial, ainda tem dificuldade generalizada na sua utilização, como é o caso de Timor-Leste. Seria estranho, que apoiando a língua do outro lado mundo, não apoiássemos uma língua que é oficial no nosso país”, vincou o governante.

O secretario de Estado da Educação falou à Lusa sobre a situação da língua mirandesa à margem da assinatura de um protocolo, nas áreas da educação e ensino profissional, ocorrida hoje no concelho de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança.

A resposta de António Leite surge na sequência das conclusões de um estudo da Universidade de Vigo (Uvigo), divulgado pela Lusa, que dá conta que o mirandês está numa situação "muito crítica", devido ao abandono desta forma de falar por parte de entidades públicas e privadas.

Lançado no terreno em 2020, o estudo estimou em cerca de 3.500 o número de pessoas que conhecem o mirandês, com cerca de 1.500 a usá-la regularmente, identificando uma rotura com este idioma, sobretudo nas gerações mais novas, através de uma "forte portugalização linguística", assente em particular na profusão dos meios de comunicação nas últimas décadas, e na identificação do mirandês com a ruralidade e a pobreza locais.

Para a UVigo, a manter-se a situação, "a este ritmo é possível que o mirandês morra antes [dos próximos] 30 anos", conservando-se apenas como "um latim litúrgico para celebrações", sem ser "língua para viver a diário", como se lê no estudo que ainda não tem data para apresentação oficial.

A língua mirandesa é uma língua oficial de Portugal desde 29 de janeiro de 1999, data em que foi publicada em Diário da República a lei que reconheceu oficialmente os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

FYP // MAG
Lusa/ fim

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