O processo acontece de quatro em quatro anos, para o comité verificar se estão a ser cumpridos os requisitos do Plano de Salvaguarda.
O presidente da Associação Grupo dos Caretos de Podence, António Carneiro, acredita que vai ser renovado:
“Penso que sim porque não tivemos ainda qualquer situação de anomalia, antes pelo contrário, as coisas têm corrido normalmente e o feedback é positivo.”
Duas das imposições do plano de salvaguarda era a renovação da Casa do Careto, que está a ser feita, e a criação da Oficina do Careto:
“Fazia parte do Plano de Salvaguarda a renovação da Casa do Careto, que está a ser feita. Trata-se de uma intervenção a nível geral do museu, com novos conteúdos e também será uma mais-valia pois aquele espaço foi criado há 19 anos, com pouco conhecimento científico, e agora, com uma candidatura que está aprovada, com fundos comunitários, está a ser renovado.
Outra das coisas que temos em mente, e também faz parte do Plano de Salvaguarda, é a criação da Oficina do Careto, que está prometida e aprovada no projeto Valorizar. Vai ser feita na antiga Escola Primária e pensamos que por altura do Festival do Careto já esteja a funcionar, mas não depende só de nós.”
Uma das lutas antigas é a aquisição de um terreno para a construção do Museu dos Caretos de Trás-os-Montes, que não tem sido fácil devido à falta de entendimento entre a família proprietária.
António Carneiro avança desenvolvimentos no processo:
“Após o Entrudo Chocalheiro, o Município já encetou as démarches junto de alguns proprietários para fazer a compra.
Apresentou uma proposta e estamos a aguardar se os proprietários aceitam aqueles valores. Se não aceitarem, o Município terá de tomar outras medidas, colocando aquilo como um terreno de utilidade pública, como tem feito em outras situações.
Se o Município conseguir esta aquisição, estão reunidas as condições para a construção do chamado Museu do Careto, em frente à Casa do Careto.”
O Comité da UNESCO que vai dar o resultado da avaliação reúne-se este ano no Botswana, em dezembro.
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