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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Trás-os-Montes ficou para trás na corrida aos apoios às empresas para a Transição Digital

 A região não foi incluída numa vantagem dada às empresas, porque segundo o Governo português não terá perdido 10% da população nos últimos anos


No passado dia 12 foi aprovado, pelo Conselho de Ministros, um regulamento específico para atribuição de apoios às empresas, na área da Inovação e Transição Digital, no âmbito dos Sistemas de Incentivos do Portugal 2030.

As regiões Beiras e Serra da Estrela e Alto Alentejo estão à frente com mais 10 pontos percentuais na taxa base. Enquanto que Trás-os-Montes tem uma taxa base de 30%, as Beiras e Serra da Estrela e o Alto Alentejo têm uma taxa base de 40%.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, justifica esta vantagem com a perda populacional.

“No caso das regiões do Alto Alentejo das Beiras e Serra da Estrela há uma majoração de 10 pontos percentuais porque o mapa de auxílios de finalidade regional aprovado pela Comissão Europeia, não somos nós que aprovamos, definiu que as sub-regiões, devido ao decréscimo de população relativamente elevado na última década, tinham esta taxa base”, explicou.

De acordo com os últimos censos, entre 2011 e 2021, as Beiras e Serra da Estrela, compostas por 15 municípios, perderam cerca de 10% da população e o Alto Alentejo, igualmente composto por 15 municípios, perdeu 11%.

Quanto à região transmontana, ao que parece a análise de perda de população foi feita consoante as Terras de Trás-os-Montes, uma das Comunidade Intermunicipais, que perdeu 8% da população numa década. No entanto, esta CIM abrange apenas nove concelhos do distrito de Bragança. Se as contas tivessem sido feitas tendo em conta a diminuição de população em Trás-os-Montes, eram abrangidos 26 municípios, onde a perda foi de 12,45%.

O que significaria que também esta região seria incluída no mapa de auxílios e neste apoio. A secretária de Estado diz que mapa de auxílios é responsabilidade da Comissão Europeia.

“Eu não posso responder por uma coisa que é a Comissão Europeia que impõe, mas que tem os seus números e critérios, portanto os indicadores no Alto Alentejo, nas Beiras e na Serra da Estrela foram mais severos do que os de Trás-os-Montes, o que é uma coisa boa para nós”, referiu.   

No entanto, quem propõe as regiões é o Governo português. A secretária de Estado acrescentou ainda que este aumento de 10 pontos percentuais “não quer dizer absolutamente nada, porque é uma taxa base”, realçando que as empresas de Trás-os-Montes, nomeadamente as de Bragança, conseguem atingir os “75%” de majorações, como qualquer outra empresa do Norte, Centro e Alentejo, sendo este o tecto máximo.

As empresas da região transmontana têm assim uma taxa base de 30%, contrariamente às Beiras e Serra da Estrela e Alto Alentejo, que têm uma taxa base de 40%. A razão terá sido a perda populacional acima dos 10%, mas sabe-se que Trás-os-Montes no último meio século perdeu metade da população.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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