Curinga foi uma das bandas que animou a zona histórica de Mogadouro. Num concerto pretenderam dar destaque ao folk, evocando as tradições da região, disse o fundador da banda Edwin Pestana.
“A banda surgiu em 2008, no âmbito das recriações históricas, nomeadamente feiras medievais, feiras romanas e entretanto começámos alargar o nosso espectro, passámos pelo tradicional e chegámos à era moderna. Estamos aqui para apresentar um formato de Curinga Folk”, explicou.
As danças também não faltaram. Um grupo de jovens pauliteiros e pauliteiras mostraram que é de pequeno que se aprende e incorpora as tradições. Uma das participantes foi Catarina Cardoso. Com 12 anos tem noção da importância destas danças.
“É a tradição dos pauliteiros, dançamos várias danças, porque é tradição. O mais difícil é o salto ao castelo, porque tem que se dar uma cambalhota em cima das costas de outro colega”, contou.
As pessoas puderam ainda degustar petiscos transmontanos nas várias tasquinhas espalhadas pela zona histórica. Uma delas era de Dário Mendes, que já participa há três edições no festival.
“Temos moelas, orelha, barriga assada, alheira, comida tradicional como fazemos em casa. Temos gente de fora, das grandes cidades que nos vêm visitar nesta altura”, disse.
Este ano, o festival teve como mote as migrações e as tradições. Isto porque, o concelho de Mogadouro tem vindo a acolher vários imigrantes, explica o presidente da câmara António Pimentel:
“Hoje Mogadouro já tem na sua comunidade uma série de representações de países, desde brasileiros, ucranianos, indianos, paquistaneses, portanto digamos que é quase um concelho multicultural, daí este ano termos optado por dar este mote a esta festa. Somos um concelho também de tradições, com uma história muito longa, os veículos que transportam essas tradições de Mogadouro para fora são os nossos emigrantes”, frisou.
No domingo, decorreu ainda o habitual desfile etnográfico com os mascarados da região.
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