O vice-presidente da câmara lamenta que os prazos tenham sido ultrapassados, mas adianta que o empreiteiro responsável pela obra tem pedido a prorrogação alegando dificuldade no fornecimento de material.
Os trabalhos - que previam uma casa de banho de apoio, colocação de areia junto à margem do rio, jardinagem, equipamento urbano e uma área de estacionamento - começaram em novembro do ano passado e tinham um prazo de execução de quatro meses, mas depois de se iniciarem, rapidamente pararam até hoje. “Fiz questão, no dia 21 de junho, de ter uma reunião com o senhor vereador e com a empresa que está a executar os trabalhos e exigi que fosse feita até ao dia 30 a conclusão da obra e foi assumido que sim. O facto é que do dia 21 de junho até ao dia 30, que foi o dia da assembleia municipal, ninguém apareceu na obra”, refere José Carlos Teixeira.
O autarca de Frechas lembra ainda que teve uma intervenção sobre na Assembleia Municipal, de 30 de junho, sobre o mesmo assunto. “Fiz uma intervenção e no final a junta recebeu imediatamente um mail a justificar o porquê de não terem aparecido e a dizer que na semana seguinte, ou seja no dia 3 de julho, que iriam começar a retomar os trabalhos e conclui-los. O facto é que hoje a obra está abandonada, nunca mais ninguém apareceu”, afirma.
O presidente da junta lamenta a situação e não tem dúvidas que está a causar uma má imagem. “Em plena época balnear, estão aqui os banhistas e isto está tudo abandonado, quando isto devia de ser uma área de lazer e conforto para as pessoas e serem bem recebidos. Acho que isto é uma falta de respeito para a população da freguesia e para aquelas pessoas que gostam de vir para este local aos fins-de-semana ou durante a semana com as famílias, virem fazer os seus piqueniques e virem banhar-se aqui no rio Tua. É um crime terem plantado as árvores de jardim e semear relva e não porem a rega”, acrescenta.
Para além disso, José Carlos Teixeira descreve que “as pessoas chegam aqui e vêem-se confrontadas com este cenário que dá mau aspeto, inclusivamente com o amontoado de sucata que tem estado aqui, que era o estaleiro que foi destruído pelas cheias do dia 2 de janeiro, e cria uma má imagem”, diz.
Com a falta de respostas do executivo da câmara de Mirandela, o autarca chega a uma conclusão: “isto é um executivo que não age nem reage, para mim é um executivo que está em coma.”
As críticas do presidente da junta de freguesia de Frechas devido à paragem das obras de melhoramento da praia fluvial, uma empreitada do Município de Mirandela com um orçamento a rondar os 60 mil euros.
O vice-presidente da câmara lamenta que os prazos tenham sido ultrapassados, mas adianta que o empreiteiro responsável pela obra tem pedido a prorrogação alegando dificuldade no fornecimento de material. “O empreiteiro pediu uma primeira prorrogação de prazo alegando a falta de fornecimento por parte dos fornecedores, o módulo de apoio da casa de banho e também de um sistema de rega. Entretanto foi pedida uma segunda prorrogação de prazo, tendo-se o empreiteiro comprometido a ter a obra concluída até ao dia 7 de julho de 2023, o que não aconteceu. A obra está a ser fiscalizada pela Associação de Municípios da Terra Quente e sobre a qual o presidente de junta tem tido uma proximidade e um contributo muito positivo para que a obra fique com as características que a praia de Frechas precisa”, explica Orlando Pires.
Ainda assim, prevê que os trabalhos possam ficar prontos a breve trecho. “Estamos a 99% da conclusão da obra, o empreiteiro vai pedir mais uma prorrogação de prazo e é expectável que até ao inicio de agosto a obra fique concluída.”
Independentemente dos atrasos, o Vice-presidente da autarquia faz questão de sublinhar que a praia fluvial de Frechas “vai ganhar uma requalificação que irá permitir um embelezamento e uma melhor funcionalidade daquela frente ribeirinha”.
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