Tudo começou quando diz ter recebido uma mensagem supostamente do filho que lhe dizia que tinha um número novo, porque o telemóvel dele estava a arranjar. António não desconfiou. No dia seguinte as mensagens continuaram. “Manda-me uma mensagem, novamente, em que dizia ‘Pai, preciso de um grande favor teu. Se estiveres disponível, preciso de fazer um pagamento urgente só que para fazer esse pagamento preciso das password’s que tenho no meu telemóvel que está a reparar. Podes-me ajudar?’. E eu disse ‘Posso’. De seguida recebo outra mensagem ‘Olha, precisava que fizesses uma transferência ou um pagamento para esta entidade e referência’. Quando me disse entidade e referência fiquei convencido que o meu filho precisaria de ajuda. E aí deixei de raciocinar com pessoa normal e raciocinei como pai”.
E foi aí que baixou a guarda e pôr de parte a hipótese de que pudesse estar a ser enganado. Embora tenha tentado falar com o filho por chamada, não conseguiu, mas as mensagens continuaram. “Tentei ligar para esse número que ele me tinha dado com alternativa e a resposta do lado de lá era um ruído muito estranho, o que me levou a pensar que o telemóvel com que ele estava que estava avariado também. Entretanto, como ainda era cedo, tentei ligar para o número antigo do meu filho. Tocou mas ele não atendeu e eu fiquei muito mais preocupado. Entretanto recebo nova mensagem a dizer ‘Então pai, vais-me ajudar ou não? Pode pagar através de entidade e referência e manda-me o comprovativo de pagamento’. Fui fazer o pagamento e mandei-lhe o comprovativo”.
Tinha acabado de ser burlado em quase mil euros. Mas quando percebeu, já era tarde demais. “Passado dez minutos cai novamente na minha realidade. Cai-me nova mensagem. ‘Pai, estou extremamente preocupado e aflito. Caiu-me no meu email uma nova mensagem a dizer que preciso de mais 963 euros. Podes-me ajudar?’. Fiquei preocupado e achei que algo não estava bem. Chego a casa e contei à minha mulher e ela disse que tinha acabado de falar com ele e ele não lhe dissera nada. Então disse-lhe ‘Se estiveste a falar com o Tó e ele não te disse nada… a partir deste momento, fomos burlados em 993 euros”.
Este tipo de burla por whatsapp, em que alguém se faz passar por um familiar dizendo que precisa de dinheiro já é bastante recorrente e já várias pessoas foram enganadas. António Gonçalves já apresentou queixa na PSP de Bragança, mas tem poucas esperanças de conseguir reaver o dinheiro.
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