Em Bragança já houve várias queixas, sobre esta burla em concreto. Durante um determinado período de tempo não se registaram situações mas, segundo o Comissário Eusébio Gonçalves, chefe do Núcleo de Investigação Criminal da PSP de Bragança, nos últimos dias têm chegado algumas participações a esta força policial. “No início do ano tivemos menos e agora tivemos alguns acontecimentos. Mas tivemos um período em que este fenómeno parou e agora tivemos novamente algumas denúncias, queixas, desta tipologia. Não sei se isto significa que vai aumentar ou se são episódios esporádicos”.
As burlas através da Internet intensificaram-se durante a pandemia. Além desta que se realiza através do WhatsApp, há outras que preocupam a PSP. Uma delas é a burla por Mbway, que se realiza em contexto de vendas online. O criminoso vende produtos que não tem e as vítimas acabam por comprar algo que não existe. O falso arrendamento, em que os criminosos tentam arrendar imóveis que não têm e depois pedem uma caução, também é outro problema. Mas há mais situações. “Há outro fenómeno que também nos preocupa que é o suposto criminoso fazer-se passar por agente da autoridade, da PSP, da GNR, da Polícia Judiciária, das Finanças, EDP. Manda um email fraudulento fazendo acreditar que é de uma entidade credível e diz que as pessoas têm uma dívida ou coima, que têm que resolver aquela questão urgentemente. Propõe o pagamento de uma quantia muito inferior à dívida, que não existe, e a pessoa que é contactada, para evitar problemas com a justiça, faz esse pagamento para acabar com o processo”.
O Comissário Eusébio Gonçalves deixa alguns alertas. “As pessoas têm que se proteger, têm que ter antivírus no computador e no telemóvel, não podem carregar em links suspeitos, sempre que receberem emails e mensagens com links que possam parecer suspeitos não carreguem nesses links, sempre que receberem uma mensagem ou email de uma entidade contactem a entidade. Procurem evitar o pagamento por entidade e referência, peçam o NIB. Quando fizerem compras pela internet evitem pagar antes de o produto chegar. É importante não acreditar no que aparece logo no ecrã”.
Quanto à burla do WhatsApp, as vítimas são escolhidas aleatoriamente. E, segundo o comissário Eusébio Gonçalves, em caso de burla ou tentativa de burla, é essencial contactar as autoridades porque a polícia está atenta e as investigações “dão frutos”.
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