Estavam disponíveis 45 milhões de euros só para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e outros 45 milhões para o restante país. A maioria das candidaturas do Interior não foi aprovada, nomeadamente a de Bragança.
O presidente da câmara, Paulo Xavier, explicou que o concelho teve uma boa classificação, porém os critérios utilizados ditaram a exclusão. “Ficámos com a pontuação máxima, ou seja, cinco pontos, ficamos em sétimo lugar a nível nacional entre os 30 melhores municípios e isso dá-nos algum conforto. Os parâmetros de selecção é que não foram amigos de Bragança, porque o maior parâmetro de selecção seria a maior produção de CO2 e diminuição de produção de CO2, ora quem tem mais autocarros, com financiamentos mais robustos, como Lisboa, Porto e Guimarães, foi para lá o financiamento”, disse.
A candidatura do município consistia na aquisição de seis autocarros eléctricos. Um investimento de três milhões de euros, metade suportado pelo Fundo Ambiental. Ainda que não fossem financiados todos autocarros, o autarca entende que podiam receber para a compra de dois. “Se nos dissessem que não conseguiam seis, mas damos dois ou três, não ficávamos completamente contentes, mas ficávamos um bocadinho mais satisfeitos, porque era mais um passo em frente”, apontou.
Para o presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, Pedro Lima, mais uma vez o Governo falhou no processo de coesão territorial, como tem vindo a acontecer com a ferrovia e com a carreira aérea. “Estávamos convencidos que esta seria uma oportunidade de colocar em prática as palavras que são usadas, nomeadamente coesão territorial, e foi mia suma oportunidade perdida. Existia uma dotação orçamental de 45 milhões de euros para todo o território e os mesmos 45 milhões para Porto e Lisboa. Percebo que grandes centros tenham grandes necessidades, mas continuamos a ver com perplexidade a questão do desencravar do interior”, criticou.
O município de Bragança disponibiliza 22 autocarros, dos quais apenas dois são eléctricos. Os novos seis autocarros iriam permitir substituir os mais antigos e que poluem mais. No entanto, grande parte do financiamento do Fundo Ambiental ficou no Litoral.
Sem comentários:
Enviar um comentário