O autor conta que pretendeu dar a conhecer ao público toda a envolvência dos Caretos, desde às máscaras até às chocalhadas, de uma forma complementar a banda sonora que é transmitida na sala do museu, onde está instalada:
“Acabei por privilegiar mais não só as fotografias em si, porque assenta muito nas fotografias. Mas é uma exposição, que se complementa com o que se passa na sala.
Esta sala tem dois vídeos interruptos que estão sempre a ser transmitidos, alusivos aos Caretos de Podence. São dois vídeos distintos que cada um tem a sua banda sonora. Por isso, a exposição tem este nome. Onde temos o primeiro quadro que dá destaque à máscara em si. Depois temos uma sequência do que se passa lá e de toda a envolvência, do Entrudo Chocalheiro. E tentamos transmitir ao público do que ali se passa, durante estes quatro dias. Porque há muitas pessoas que só vêm no fim de semana, e perdem os dias mais importantes, como é a segunda feira e terça feira durante o dia”.
O objetivo é fazer com que quem assista se transporte para o mundo dos caretos, usando por isso uma máscara com espelhos para criar uma imagem do careto em si, como acrescenta o artista:
“Tentei com que as pessoas possam ter a liberdade e cada um interpretar à sua forma, como se construíssem mentalmente uma banda sonora, que as vão transportar para o mundo dos caretos. A exposição fecha com um quadro e com uma máscara, criada propositadamente para a exposição. Onde temos uns fragmentos em espelho de umas máscara do careto, em que as pessoas depois de toda aquela envolvência, de verem os filmes, e sobretudo da forma como estão trabalhadas as cores. Todas aquelas sensações que se pretendem transmitir através das imagens. E para que as pessoas consigam criar aquela banda sonora que para elas vai fazer sentido, ao ver o Entrudo Chocalheiro, ou a figura do Careto. Depois termina com aquele quadro onde reflete quem está a olhar para o quadro e partir daí complementar e construir na mente do utilizador da banda sonora e do careto em si”.
A exposição chama-se “Symphony for mask and colors” e é da autoria de Kamane.
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