Tal como é costume, as jornadas vão contar com três dias de conferências, palestras e reflexões à volta deste tema tão transversal e que é tão conhecido de todos.
“Tem vários painéis, tem um sobre crenças, rituais, que falam sobre a simbologia das refeições, naturalmente, nas religiões, enfim, no nosso tecido cultural. Outro dos painéis será sobre os tempos e lugares, onde acontecem estas refeições tradicionais, diríamos assim, só de exemplo na cozinha, na adega, na taberna, no campo, também ver o lugar de hospitalidade nas refeições, portanto, a hospitalidade transmontana também. Depois temos as refeições rituais também ao longo dos tempos, particularmente no tempo do Natal, da Quaresma, da Páscoa e outras tradições”, explica o Padre Basileu Pires, presidente do Centro Cultural de Balsamão.
Como todos os anos, existe uma visita à região, este ano o concelho de Vinhais é o contemplado, para aprofundar o fumeiro, como acrescenta o Padre Basileu Pires.
“Depois temos outro painel, no sábado, que será em Vinhais, que será sobre a Arte de Cozinhar. Aí iremos falar sobre o fumeiro, a lógica da batata… alguém falará sobre as confrarias gastronómicas, também sobre a arquitetura e utensílios de alimentação transmontana. E depois, o último dia, temos também um painel, alguém que pedimos para falar sobre comer e beber, a mesa completa transmontana.”
E as expectativas são boas, porque segundo o organizar apanham-se as pessoas pela boca.
“No ano passado correu bastante bem até contra as nossas expectativas e assim mas vamos ver isto cada ano é sempre uma surpresa. O título é sugestivo, sabemos que às vezes apanham-se as pessoas pela boca naturalmente e este ano é a mesa transmontana e por isso são temas sempre muito sugestivos. Agora tudo depende, mudamos a data, que costumava ser no primeiro fim de semana do outubro, mas este ano por causa das autárquicas, que são no fim de semana a seguir, vimos que não era oportuno fazê-las e adiamos para 16 a 19 de outubro. Habitualmente, reunimos entre 30 a 40 participantes.”
A abertura das jornadas vão vai decorrer, na quinta-feira, às nove e meia da noite, com a entrega de documentação aos participantes e a inauguração das exposição fotográfica “Rugas” da autoria de Carlos Pedro.
A iniciativa é organizada pelo Centro Cultural de Balsamão, Convento de Balsamão, com o apoio científico da UTAD (Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro), da UBI (Universidade da Beira Interior – Praxis – Centro de Filosofia, Política e Cultural), e com os municípios de Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Caixa Crédito Agrícola Mútua e o Centro Cultural Eça de Queirós, MUNDIS – Associação Cívica de Formação e Cultura.



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