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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Bragança tem Urgência de Políticas Públicas para a Coesão Territorial

 
O território de Bragança, é marcado por uma forte identidade cultural, vastas paisagens naturais e um modo de vida assente na proximidade comunitária, representa um exemplo claro da necessidade urgente de políticas públicas (e talvez de novos políticos) robustas e sustentadas que promovam a coesão territorial. A sua posição geográfica, afastada dos grandes centros urbanos, não pode continuar a ser um fator de exclusão, mas por outro lado uma oportunidade para repensar o desenvolvimento a partir da periferia.
Para que Bragança e a sua zona rural possam desenvolver-se, é fundamental aprofundar a descentralização administrativa. A transferência real de competências do Estado central para os municípios e entidades intermunicipais permitirá uma resposta mais eficaz e adaptada às necessidades locais. Maior autonomia significa mais capacidade de decisão sobre recursos, investimento e serviços públicos, promovendo uma gestão mais eficiente, próxima e transparente.
É imprescindível implementar políticas fiscais diferenciadas que reconheçam a especificidade dos territórios de baixa densidade, como Bragança. Medidas como a redução de impostos para empresas que se fixem na região, incentivos ao investimento rural, apoios à habitação e à fixação de população jovem são fundamentais para combater a desertificação e estimular a atividade económica local. Uma fiscalidade amiga do interior é uma necessidade estratégica para o equilíbrio territorial do país.
Nenhuma política pública será eficaz sem o envolvimento direto das comunidades. Promover a participação cívica em Bragança significa valorizar o conhecimento local, escutar os cidadãos, fomentar orçamentos participativos e garantir que os projetos de desenvolvimento contam com o contributo ativo de quem vive o, e no, território. Só assim se constroem soluções sustentáveis, inclusivas e duradouras.
Bragança tem tudo para ser um território de futuro. Temos património, talento, natureza e vontade. Mas para que isso aconteça, é essencial uma nova geração de políticas (e talvez de políticos) públicas, centradas na descentralização, na equidade fiscal e na participação ativa da sociedade civil. A coesão territorial começa com escolhas políticas corajosas e com o reconhecimento de que o interior não pode continuar esquecido.

HM

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