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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Um presépio singular, de uma rara beleza, no distrito de Bragança… E um “Bô Natale”!

Por: Rui Rendeiro Sousa
(Colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


 
Recentemente, tal a sua singularidade, pediram-me para escrever sobre este presépio. E assim o fiz, com um inusitado gosto, enquadrando-o no magnífico Monumento de Interesse Público no qual se insere, a Igreja de Nª Sra. dos Reis (Lamalonga). 
Trata-se de um exemplar único, apenas com paralelos em dois outros, em toda a Península Ibérica, um situado em Lisboa, o outro em Valladolid. É um Presépio que encanto gera em todos aqueles se detêm a apreciá-lo delongadamente. E fica no distrito de Bragança! Situando-se numa das «minhas» terras… Uma das muitas que já estudei «até ao tutano»…
Aqui vo-lo deixo, um Presépio Barroco, «velhinho» com 250 a 260 anos, como uma singela, mas sentida forma, de vos desejar, resgatando as palavras da “nh’ábó Maria”, um “Bô Natale, tchêu de cousas mim sab’rosinhas’e”. 
“E bá, que num bus imburratcheis’e, pur'i, im’mentes infardais uas rabanadas e uas afilhoses’e. E q’ó bacalhau e ó pôlbu’e num bus façum ingaz’gare, p’ra isso hai ua pinga, ou um copetchu doutra cousa qualquera. E num bus albideis du arroze-doce e d’áletria, que desinfastium e amanhum us pur drentus’e”.
E a todas as “Abós Maria” (“e ós Abós Manele”), uma sentida gratidão pelo tanto que me ensinaram e continuam a ensinar acerca de uma genuinidade que, qual lirismo de quem persiste em continuar a acreditar no Pai Natal e nas Renas, não gostaria de ver perdida. 

Por isso, continuo a preferir a forma “tcharra” de “Bô Natale”!!!


Rui Rendeiro Sousa
– Doutorado «em amor à terra», com mestrado «em essência», pós-graduações «em tcharro falar», e licenciatura «em genuinidade». É professor de «inusitada paixão» ao bragançano distrito, em particular, a Macedo de Cavaleiros, terra que o viu nascer e crescer. 
Investigador das nossas terras, das suas história, linguística, etnografia, etnologia, genética, e de tudo mais o que houver, há mais de três décadas. 
Colabora, há bastantes anos, com jornais e revistas, bem como com canais televisivos, nos quais já participou em diversos programas, sendo autor de alguns, sempre tendo como mote a região bragançana. 
É autor de mais de quatro dezenas de livros sobre a história das freguesias do concelho de Macedo de Cavaleiros. 
E mais “alguas cousas que num são pr’áqui tchamadas”.

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