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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Amâncio Rodolfo Pinheiro da Costa Ribeiro - Os Governadores Civis do Distrito de Bragança (1835-2011)

 30.janeiro.1896 – 11.fevereiro.1897
PORTO, 8.4.1841 – PORTO, 20.JUNHO.1907

Advogado. Magistrado administrativo.
Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra.
Administrador dos concelhos de Paredes, Santo Tirso, Póvoa de Varzim, Ourém, Santarém e Sintra. Governador civil da Horta (1895-1896). Governador civil de Bragança (1896-1897).
Natural da freguesia de Cedofeita, concelho do Porto.
Filho de Manuel Ferreira Pinheiro da Costa e de Ana Joaquina do Amaral Ribeiro.
Casou com Zulmira Idalina Pinheiro, de quem teve uma filha, Maria Beatriz Pinheiro.
Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (1873).

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Nascido na Rua de Cedofeita, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em outubro de 1859. Concluído o curso em 1865, regressou ao Porto, onde exerceu por algum tempo advocacia, sendo depois sucessivamente nomeado administrador dos concelhos de Paredes, Santo Tirso, Póvoa de Varzim, Ourém, Santarém e Sintra.
Foi comissário de polícia no Porto, cargo que desempenhou durante alguns anos. Posteriormente, seria nomeado comissário régio junto da Companhia das Pedras Salgadas, onde permaneceu até à extinção destes cargos.
Nomeado governador civil da Horta a 13 de julho de 1895, chegou à ilha do Faial no paquete Funchal a 29 de julho, iniciando funções de governador civil nesse mesmo dia. Apresentado como “cavalheiro bastante ilustrado e do mais fino trato”, o chefe do distrito teve a recebê-lo o seu antecessor, conselheiro José de Almeida Ávila, empregados do Governo Civil e outros funcionários públicos.
Amâncio Pinheiro, militante do Partido Regenerador, era já um político experimentado que, naquele período turbulento da vida portuguesa, o Gabinete liderado por Hintze Ribeiro requisitou para pacificar as desavindas elites do distrito da Horta. Com efeito, desde que o Ultimato inglês a Portugal desencadeara uma sucessão de Ministérios, aquele Governo Civil conhecera, no espaço de cinco anos, três titulares, todos eles açorianos. A vinda de um político continental, conhecedor dos meandros da administração pública portuguesa e adepto do Partido Regenerador que estava à frente dos destinos do País, revelou-se uma solução acertada, capaz de serenar os exaltados ânimos das populações e de credibilizar o desacreditado Partido Regenerador local.
Seria transferido da Horta para o Governo Civil de Bragança por decreto de 30 de janeiro de 1896, tomando posse a 10 de fevereiro seguinte e sendo exonerado a 11 de fevereiro de 1897. No tempo deste governador, foi extinto o concelho de Freixo de Espada à Cinta. Foi Amâncio Ribeiro que, em junho de 1896, com o administrador do concelho de Moncorvo e 40 praças, entrou nos Paços daquele Município, mandando carregar todos os livros e papéis que havia nas repartições. Da mesma forma, em outubro de 1896, durante três dias, visitou as diferentes repartições públicas de Mirandela e ali “tomou providências atinentes a prevenir a repetição das desordens que ali ultimamente houve”.
Faleceu no Porto, a 20 de junho de 1907, aos 61 anos.

Fontes e Bibliografia

Arquivo Distrital de Bragança, documentos vários.
Arquivo da Universidade de Coimbra, documentos vários.
Gazeta de Bragança, 21.10.1896.
Tribuna das Ilhas, 8.0.2012.
ALVES, Francisco Manuel. 2000. Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, vol. VII. Bragança: Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus.
Geneall – Portal de Genealogia (disponível em geneall.net).

Publicação da C.M. Bragança

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