30.janeiro.1896 – 11.fevereiro.1897
PORTO, 8.4.1841 – PORTO, 20.JUNHO.1907
Advogado. Magistrado administrativo.
Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra.
Administrador dos concelhos de Paredes, Santo Tirso, Póvoa de Varzim, Ourém, Santarém e Sintra. Governador civil da Horta (1895-1896). Governador civil de Bragança (1896-1897).
Natural da freguesia de Cedofeita, concelho do Porto.
Filho de Manuel Ferreira Pinheiro da Costa e de Ana Joaquina do Amaral Ribeiro.
Casou com Zulmira Idalina Pinheiro, de quem teve uma filha, Maria Beatriz Pinheiro.
Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (1873).
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Nascido na Rua de Cedofeita, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em outubro de 1859. Concluído o curso em 1865, regressou ao Porto, onde exerceu por algum tempo advocacia, sendo depois sucessivamente nomeado administrador dos concelhos de Paredes, Santo Tirso, Póvoa de Varzim, Ourém, Santarém e Sintra.
Foi comissário de polícia no Porto, cargo que desempenhou durante alguns anos. Posteriormente, seria nomeado comissário régio junto da Companhia das Pedras Salgadas, onde permaneceu até à extinção destes cargos.
Nomeado governador civil da Horta a 13 de julho de 1895, chegou à ilha do Faial no paquete Funchal a 29 de julho, iniciando funções de governador civil nesse mesmo dia. Apresentado como “cavalheiro bastante ilustrado e do mais fino trato”, o chefe do distrito teve a recebê-lo o seu antecessor, conselheiro José de Almeida Ávila, empregados do Governo Civil e outros funcionários públicos.
Amâncio Pinheiro, militante do Partido Regenerador, era já um político experimentado que, naquele período turbulento da vida portuguesa, o Gabinete liderado por Hintze Ribeiro requisitou para pacificar as desavindas elites do distrito da Horta. Com efeito, desde que o Ultimato inglês a Portugal desencadeara uma sucessão de Ministérios, aquele Governo Civil conhecera, no espaço de cinco anos, três titulares, todos eles açorianos. A vinda de um político continental, conhecedor dos meandros da administração pública portuguesa e adepto do Partido Regenerador que estava à frente dos destinos do País, revelou-se uma solução acertada, capaz de serenar os exaltados ânimos das populações e de credibilizar o desacreditado Partido Regenerador local.
Seria transferido da Horta para o Governo Civil de Bragança por decreto de 30 de janeiro de 1896, tomando posse a 10 de fevereiro seguinte e sendo exonerado a 11 de fevereiro de 1897. No tempo deste governador, foi extinto o concelho de Freixo de Espada à Cinta. Foi Amâncio Ribeiro que, em junho de 1896, com o administrador do concelho de Moncorvo e 40 praças, entrou nos Paços daquele Município, mandando carregar todos os livros e papéis que havia nas repartições. Da mesma forma, em outubro de 1896, durante três dias, visitou as diferentes repartições públicas de Mirandela e ali “tomou providências atinentes a prevenir a repetição das desordens que ali ultimamente houve”.
Faleceu no Porto, a 20 de junho de 1907, aos 61 anos.
Fontes e Bibliografia
Arquivo Distrital de Bragança, documentos vários.
Arquivo da Universidade de Coimbra, documentos vários.
Gazeta de Bragança, 21.10.1896.
Tribuna das Ilhas, 8.0.2012.
ALVES, Francisco Manuel. 2000. Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, vol. VII. Bragança: Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus.
Geneall – Portal de Genealogia (disponível em geneall.net).
Publicação da C.M. Bragança

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