Criar um equilíbrio saudável entre o tempo passado no mundo digital e a vida fora dos ecrãs é o principal objetivo do projeto XPTO, desenvolvido pela Fundação Casa de Trabalho, em Bragança. O projeto iniciou em janeiro deste ano e destina-se aos mais novos, explica Marina Morais, psicóloga responsável pelo projeto. “O objetivo do projeto é trabalhar com jovens, dos 12 aos 16 anos, no sentido de criar um equilíbrio entre o tempo que passam no online e o tempo que passam no offline”.
O projeto cruza a psicologia com as artes, o desporto e a expressão criativa, para promover alternativas ao uso excessivo das tecnologias. “Foi delineada uma intervenção entre a parte da psicologia e laboratórios colaborativos, para envolver os alunos nas artes cénicas, teatro e desporto, alternativas que sirvam de alternativa para a quantidade de tempo que passam online”.
Um dos resultados visíveis deste trabalho é a criação da peça de teatro “Miúdo, querido telemóvel”, que surge como produto final do percurso desenvolvido com os jovens. A encenação está a cargo de Acácio Pradinhos, responsável pela componente teatral do projeto. “É um teatro negro, uma modalidade muito conhecida na República Checa. Trabalhamos com os jovens durante algum tempo de forma a afasta-los daquela realidade doentia”.
No ano letivo em curso, o projeto envolveu escolas de Bragança, nomeadamente a Escola Emídio Garcia e a EPPU, bem como os agrupamentos de escolas de Vinhais e Vimioso. O projeto XPTO está desenhado para uma duração de três anos e pretende, progressivamente, abranger todas as escolas do distrito.
O projeto é financiado no âmbito do Programa Operacional Portugal Inovação Social, através do Programa Regional Norte 2030, e cofinanciado pelo Fundo Social Europeu.

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