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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Ajudas ainda não chegaram a quem perdeu bens e culturas no incêndio

Cinco meses depois de o grande incêndio que deflagrou em Picões, no concelho de Alfândega da Fé, ter deixado um rasto de destruição no sul do distrito de Bragança, as pessoas que viram bens e culturas dizimadas pelas chamas ainda não receberam nenhuma ajuda do Estado. 
Na altura, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural deslocou-se à região e prometeu ajuda.Certo é que até agora o único apoio que as populações afectadas pelo incêndio receberam foi das Câmaras Municipais. 
Em Alfândega da Fé, a autarca, Berta Nunes, confessa que o município teve que avançar com ajuda, porque havia pessoas a passar dificuldades.“Nós temos algumas famílias que perderam bens, são famílias carenciadas, nomeadamente famílias de pastores, que o único apoio que receberam até à data foi o apoio da autarquia, porque nós tomámos uma decisão de apoiar monetariamente as pessoas para que conseguissem comprar algum alimento para o gado”, realça a autarca.
Os agricultores que viram as culturas destruídas pelo fogo são, na sua maioria, idosos, que já não têm forças para começar do zero. “O que nós temos vindo a verificar é que de facto são agricultores idosos, muitos deles tinham uma pensão baixa, mas tinham ali um acréscimo de rendimento, e agora apesar  dos apoios já não se sentem com forças para replantar e começar tudo de novo. Isto é de facto um drama”, realça Berta Nunes. 
A situação repete-se nos restantes três concelhos afectados por este grande incêndio, nomeadamente Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.
Entretanto, o governo disponibilizou um Fundo de Emergência para os municípios afectados pelo grande incêndio que afectou o sul do distrito de Bragança. No entanto, esta medida não agrada aos autarcas. 
Berta Nunes lembra que inicialmente estava previsto que os apoios fossem concedidos a cem por cento, mas entretanto os municípios tiveram a indicação de que a comparticipação é, apenas, de 60 por cento. “É evidente que se for a 60 por cento, nós não temos nenhum interesse em ir buscar mais um empréstimo, porque teremos que o pagar. E isso vai ser um constrangimento para as autarquias. Vamos ter muito menos possibilidade e capacidade de fazer tudo o que estava previsto. 
Entretanto, abriu uma linha PRODER que financia candidaturas a cem por cento. Em articulação com as Juntas de Freguesia vamos fazer candidaturas que em parte já se sobrepõem àquelas que tínhamos feito ao Fundo de Emergência, que é limpar caminhos, reflorestar, limpar linhas de água”, constata a autarca de Alfândega da Fé.
Também em Freixo de Espada à Cinta, o PRODER vai permitir recuperar o que foi destruído pelas chamas. O vice-presidente do município, Artur Parra, diz que a área ardida se concentra na freguesia de Lagoaça. “As verbas que vierem a ser concedidas é através do PRODER e, portanto, acho que se os agricultores forem ressarcidos dos seus prejuízos penso que vale sempre a pena”, salienta Artur Parra.
Em Torre de Moncorvo, a vereadora Piedade Menezes assegura que o município vai recorrer às duas medidas de apoio. “Estamos agora a efectuar os estudos, no sentido de fazermos as candidaturas às ajudas de acordo com a tipologia”, garante a vereadora da autarquia.
Os municípios afectados pelo grande incêndio a recorrer ao PRODER que concede apoios a fundo perdido, no entanto só contempla os sectores agrícola e florestal.

Escrito por Brigantia

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