Roberto Costa diz que a Unidade Local de Saúde do Nordeste se prepara para avançar com a internalização das análises em todo o distrito, já no início do próximo ano, e não tem dúvidas que esta medida vai pôr em causa os postos de trabalho no privado. “Esta internalização a avançar poderá ser o fim dos laboratórios.
Já quando foi da internalização nas três cidades, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela, em Março de 2012, foi-nos garantido que a internalização não avançaria de modo também a garantir a nossa continuidade e também porque eles não teriam capacidade para absorver tantos utentes. E agora vemo-nos confrontados com esta situação que põe estes postos de trabalho todos em risco, porque nós desde março de 32012 que fomos obrigados a reduções de salários, reorganizámos os serviços, para conseguir aguentar o barco, mas agora se esta medida avança não há reorganização que valha, nem redução salarial. É mesmo o fim”, teme o representante dos analistas.
Os trabalhadores dos Laboratórios escreveram uma carta aberta dirigida ao presidente do Conselho de Administração da ULS do Nordeste. Roberto Costa confessa que o objectivo é sensibilizar António Marçôa a não avançar com esta medida. “Decidimos escrever esta carta e a ele [António Marçôa] foi-lhe entregue com anexos de fotografias dos nossos colaboradores em família, para que olhe para lá dos números, e que veja que há pessoas com família que dependem deste emprego e a nossa intenção é mesmo sensibilizá-lo para que não avance com esta medida”, salienta Roberto Costa.
Questionado sobre esta questão, o conselho de administração da ULS Nordeste responde, em comunicado, que o alargamento da internalização de análises clínicas a todo o distrito de Bragança é uma possibilidade em análise. No entanto, garante que tal só acontecerá quando estiverem reunidas todas as condições que ofereçam aos utentes a garantia máxima de qualidade, segurança e conforto.
Escrito por Brigantia
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