Ruínas do Santuário de Nossa Senhora do Picão |
Ainda Mariana estava ainda no ventre da mãe, já poisava uma luz em cima de uma arca o que deixava a mãe preocupada com o que iria ser daquela criança. Segundo relato de familiares, Nossa Senhora aparecia em casa, em qualquer parte onde Mariana estivesse.
Tinha então poucos meses quando o fenómeno se começou a registar, o que deixava a sua mãe perplexa. A bébé aparecia limpa e penteada. Havia também uma luz que se acendia, no período de Abril a Maio, fenómeno que se registou durante 16 anos.
Só no ano de 1903, já Mariana tinha sete anos, conta o que lhe acontecia a um irmão, afirmando ver Nossa Senhora, situação nunca presenciada por mais ninguém, mas que tornou o lugar num local de culto, especialmente para os espanhóis da zona de Castela e Leão, que ali se deslocavam em grande número, contribuindo para a construção da capela, da casa dos peregrinos e do estábulo para os animais. Também a água e a terra do local era procurada porque, dizia-se, terem poderes curativos.
Várias foram as razões para o desaparecimento do Santuário. No entanto o Picão acabou em ruínas de onde foram retiradas nos anos 50, pedras para erguer duas capelas, no Santuário Mariano de Nossa Senhora do Naso, e a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição que se encontra no interior da Capela do Naso.
Relação com as aparições de Fátima
Sete anos antes de os três pastorinhos levarem multidões à Cova de Iria, em Fátima, uma jovem transmontana de 14 anos também pastora, afirmava ter visto Nossa Senhora, e levou também ao Picão romarias de portugueses e espanhóis que procuravam presenciar o que apelidavam de milagre. Em todos os locais em que a jovem disse ter visto Nossa Senhora, foram erguidas pedras com o número da aparição que ainda hoje se podem encontrar na zona.
Mariana João faleceu em 1972, com 76 anos de idade, e o desgosto de ver desmoronar o seu santuário de fé, afirmando que a Senhora que via em Fátima, esteve antes aqui na Terra de Miranda.
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