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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Senhora do Picão

Ruínas do Santuário de Nossa Senhora do Picão
No sítio do Picão situado a quatro quilómetros da Póvoa e a dois do Santuário do Naso, nos finais do séc. XIX início do séc. XX, na aldeia da Póvoa, concelho de Miranda do Douro, algo de milagroso aconteceu a uma menina de nome Mariana dos Ramos João.

Ainda Mariana estava ainda no ventre da mãe, já poisava uma luz em cima de uma arca o que deixava a mãe preocupada com o que iria ser daquela criança. Segundo relato de familiares, Nossa Senhora aparecia em casa, em qualquer parte onde Mariana estivesse.
Tinha então poucos meses quando o fenómeno se começou a registar, o que deixava a sua mãe perplexa. A bébé aparecia limpa e penteada. Havia também uma luz que se acendia, no período de Abril a Maio, fenómeno que se registou durante 16 anos.

Só no ano de 1903, já Mariana tinha sete anos, conta o que lhe acontecia a um irmão, afirmando ver Nossa Senhora, situação nunca presenciada por mais ninguém, mas que tornou o lugar num local de culto, especialmente para os espanhóis da zona de Castela e Leão, que ali se deslocavam em grande número, contribuindo para a construção da capela, da casa dos peregrinos e do estábulo para os animais. Também a água e a terra do local era procurada porque, dizia-se, terem poderes curativos.

Várias foram as razões para o desaparecimento do Santuário. No entanto o Picão acabou em ruínas de onde foram retiradas nos anos 50, pedras para erguer duas capelas, no Santuário Mariano de Nossa Senhora do Naso, e a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição que se encontra no interior da Capela do Naso.

Relação com as aparições de Fátima

Sete anos antes de os três pastorinhos levarem multidões à Cova de Iria, em Fátima, uma jovem transmontana de 14 anos também pastora, afirmava ter visto Nossa Senhora, e levou também ao Picão romarias de portugueses e espanhóis que procuravam presenciar o que apelidavam de milagre. Em todos os locais em que a jovem disse ter visto Nossa Senhora, foram erguidas pedras com o número da aparição que ainda hoje se podem encontrar na zona.

Mariana João faleceu em 1972, com 76 anos de idade, e o desgosto de ver desmoronar o seu santuário de fé, afirmando que a Senhora que via em Fátima, esteve antes aqui na Terra de Miranda.

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