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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Mirandela apoia rendas de lojas e criação de postos de trabalho

A Câmara de Mirandela, no distrito de Bragança, está a ajudar a pagar a renda a novas lojas que se instalem na cidade e prepara-se para a atribuir incentivos financeiros à criação de postos de trabalho permanentes.

Trata-se de medidas, como explicou à Lusa o presidente, António Branco para revitalizar o comércio tradicional em áreas mais deficitárias, destinadas essencialmente a microempresas, e para combater os programas ocupacionais de desempregados com estímulos à contratação a longo prazo.

Um conjunto de dez lojas está a beneficiar da ajuda de 1.200 euros para pagar a renda, há mais três candidatas, e em fase de conclusão encontra-se o regulamento do programa "Emprego Já" que vai atribuir 1.000 euros às empresas por cada posto de trabalho fixo que criarem, pelo menos, durante três anos.

O incentivo será pago em duas tranches: a primeira no ato da contratação e a segunda passados 12 meses.

Estas medidas constam da estratégia delineada pelo Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedor que, no ano de 2015, conseguiu, com vários programas e medidas "promover o emprego de 64 pessoas", como afirmou à Lusa o autarca.

A taxa de desemprego no concelho de Mirandela continua a ser das mais altas de Portugal, na ordem dos 13%, com mais de 2.100 desempregados inscritos no centro de emprego de um concelho com pouco mais de 23 mil habitantes.

Cláudia Dias, de 31 anos, e o sócio estavam desempregados até que há nove meses abriram uma loja de material ortopédico. Souberam do programa de apoio da autarquia e estão a beneficiar de um incentivo financeiro que corresponde ao pagamento de metade da renda durante seis meses.

"É uma ajuda muito importante para nós, veio ajudar nas nossas despesas fixas e é pena não ser mais tempo", disse à Lusa Cláudia, observando que "as empresas e lojas, se calhar, não têm noção de que a Câmara tem este tipo de apoio".

Trabalham bastante com lares e centros de dias de idosos e o negócio está a correr "muito bem", como garantiu, assim como o de Malena Silva, que está a beneficiar do mesmo tipo de apoio para uma loja de roupa de marca.

Professora de física decidiu conjugar as aulas com o "sonho da moda" e entende que "é uma iniciativa de louvar" a medida da autarquia para o comércio local, embora lamente que o dinheiro seja "pouco".

"No início (da atividade) são muitas despesas e os incentivos e os apoios agradecem-se é no início. Não é no meio, nem depois no fim, porque depois do barco já estar encaminhado não precisamos de mais marinheiros. A gente é no início para por o barco a andar", ilustrou.

O incentivo à renda de 1.200 euros durante seis meses já contemplou lojas de diferentes ramos, desde informática, comunicação, prestação de serviços ou costura.

A aposta da autarquia é "essencialmente em setores deficitários e zonas deprimidas da cidade", com o presidente da Câmara a deixar claro que não apoiará oferta que já existe em abundância e que é responsável pela dinâmica económica do concelho, nomeadamente as lojas de produtos regionais, onde prevalece a típica alheira de Mirandela.

Já o programa de incentivos à contratação "já têm várias empresas que manifestaram interesse, está a terminar a discussão pública do regulamento, só depois abrem as candidaturas para concorrer", o que o autarca perspetiva possa ocorrer em abril.

A Câmara tem um orçamento de 50 mil euros destinado ao "Emprego Já", o que significa que poderão ser apoiados cerca de cem postos de trabalho na primeira fase, de acordo com António Branco.

"Qualquer valor é simbólico, mas a verdade é que uma empresa tendo um apoio destas características pode enfrentar os chamados custos de estrutura, Segurança Social e outros com um bocadinho mais de apoio", considerou.

HFI // MSP
Lusa/fim

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