Nome: Maria Manuel Bernardino da Silva
Idade:13
Escolaridade: 8º ano
Data de nascimento: 11 – 07 – 2003
Naturalidade: Bragança
Residência: Alfândega da Fé
Signo: caranguejo
Cor preferida: verde-água
Música: “Better when I´m dancin”, Meghan Trainor
Série televisiva: “Segredos da tia Cátia”
Desporto: natação
Filme: “O cálice de fogo”, da Saga de Harry Potter
Jamie Oliver ou Gordon Ramsey: Jamie Oliver
Carne ou peixe: peixe
Salgado ou picante: picante
Comida: sushi
Sobremesa: Pavlova
Restaurante: “Cantinho do Avillez”, Lisboa
Prólogo: "A Moda da Maria"
Depois de dez semanas de programa da TVI, os jurados chegaram a um veredito. Maria sagrou-se a primeira MasterChef Júnior de Portugal devido à sua simpatia e, claro, ao imenso talento que possui. Mas a grande vencedora tem muitas outras paixões que vão bem para além da cozinha…
Grande Entrevista:
Diário de Trás-os-Montes (DTM): Com quem aprendeste a cozinhar?
Maria: Aprendi sozinha. Quando era pequena já via programas na televisão e via, também, a minha mãe a cozinhar, depois apeteceu-me experimentar, mas foi mais por curiosidade.
DMT: Recordas-te com que idade é que deste os primeiros passos na cozinha?
Maria: Foi por volta dos cinco anos. Com essa idade eu começava a ajudar a minha mãe, a mexer a comida e assim, mas o primeiro prato deve ter sido com oito anos, a fazer arroz branco. Depois do arroz branco, foi a massa, que não correu tão bem (risos).
DTM: Acompanhamentos, portanto. E o que é que se seguiu?
Maria: Se calhar foi algum doce, um bolo de chocolate, que eu fazia várias vezes ou donuts, talvez.
DTM: Consideras que tenhas nascido com um dom ou foi algo que aprendeste ao longo do tempo?
Maria: Uma pessoa nasce com o dom e ao longo do tempo, à medida que vai aprendendo, é que vai desenvolvendo esse talento.
DTM: Como é que foi, perante tantos concorrentes, sagrares-te vencedora de um programa líder de audiências de domingo à noite?
Maria: Foi inexplicável! Acho que nem ainda agora acredito (risos)… Confesso que fiquei um bocadinho triste porque eu fui a única que ganhei. Mas o MasterChef é assim. Agora, eu não estava no programa tanto pela competição, mas mais pela diversão e pelo facto de poder cozinhar.
DTM: E o que é que significou para ti seres a primeira Masterchef Júnior de Portugal? Achas que te vai abrir portas no futuro?
Maria: Isto de se ser “ masterchef “, o significado só nós sabemos. Quanto a abrir portas, ainda não se isso irá acontecer…
DTM: Mas, desde que saíste do programa da TVI, tem acontecido?
Maria: Sim, tenho tido alguns convites, mas mais a nível de eventos. Por exemplo, participei nos dias 1 e 2 de outubro no Kids Food Festival no Parque dos Poetas em Oeiras, depois de já ter estado na apresentação e tenho mais algumas coisas programadas, mas ainda não há datas definidas.
DTM: E na rua quando passas as pessoas pedem para tirares fotos com elas ou dares autógrafos?
Maria: Autógrafos não, mas fotos sim, muitas. Algumas pessoas envergonham-se de me vir pedir, mas isso é normal.
DTM: E essa aproximação por parte das pessoas incomoda-te ou, pelo contrário, é algo que tu até gostas?
Maria: Eu gosto! Ainda hoje fui a um hipermercado aqui em Bragança e uma menina ia-me perguntar se eu era a Maria do MasterChef e antes mesmo dela me perguntar eu aproximei-me e disse-lhe sim, sou eu (risos).
DTM: Como é que foi a receção em Alfândega da Fé quando as pessoas souberam que tinhas sido a grande vencedora da primeira edição do MasterChef Júnior em Portugal?
Maria: O programa foi gravado e terminou em abril, mas só começou a dar na televisão em maio, por isso as pessoas ainda não sabiam. Quando souberam, foi bastante normal. As pessoas já me conheciam e algumas até já desconfiavam.
DTM: Certamente que fizeste algumas amizades ao longo do MasterChef. Era difícil para ti quando alguém abandonava o programa? Sabendo tu, que também estavas um passo mais próxima da final…
Maria: Sim! Era muito difícil, até porque eu gostava de todos.
DTM: Acreditas-te, desde o início, que poderias ser uma potencial vencedora?
Maria: Não! Eu desde que fui ao casting só dizia “eu vim aqui para me iludir. Adeus e até amanhã (risos)!”. Era esse o meu pensamento.
DTM: Muita gente que via o programa achava impossível como é que concorrentes tão novos eram capazes de confecionar aqueles pratos e sobremesas. Alguns dos quais, até eram desconhecidos do público em geral. Como é que tudo se processava? A produção dava-vos as receitas ou eram ajudados pelos Chefs de serviço?
Maria: Nós lá falávamos várias vezes e eles (produção) sabiam que nós tínhamos os conhecimentos, do mais novo até ao mais velho. O António, por exemplo, tinha oito anos no programa, que, agora, já fez nove, e digo que ele tinha mais conhecimentos que eu. Ele sabia mesmo muito e mesmo nós falávamos várias vezes nos grandes chefes. Foi o que aconteceu quando nos pediram para fazer um bife Wellington. Quem o criou foi o Chef Gordon Ramsay, nós já o conhecíamos e até falávamos várias vezes desse prato. Depois pesquisávamos outras coisas e mesmo durante a semana estudávamos, de forma a prepararmo-nos para os pratos que pudéssemos ter que vir a fazer.
DTM: Qual foi o prato ou a sobremesa mais fácil que tiveste de confecionar ao longo de toda a competição?
Maria: O mais fácil foi, sem dúvida, o bolo de chocolate e, também, a sobremesa da final, que era daquelas que as pessoas em casa sabem de trás para a frente, de frente para trás, de cor e salteado, até dançava (risos).
DTM: E mais difícil?
Maria: Sinceramente, não tive dificuldade a fazer nenhum dos pratos.
DTM: Tu em casa costumas cozinhar para a família?
Maria: Às vezes, sou eu que cozinho para a minha mãe, para as minhas irmãs e até para as minhas amigas. Mas quando é Natal e essas festas, eu não cozinho… É só o que faltava (risos)!
DTM: Um dos prémios do programa foi um cruzeiro no mediterrâneo. Fala-nos um pouco dessa viagem.
Maria: Foi um cruzeiro de três dias, de 5 a 7 de junho, e tratou-se da viagem inaugural do navio Harmony of the Seas da Royal Caribbean. Partimos de Barcelona, onde regressámos e fui com as minhas duas irmãs e a minha mãe.
DTM: Outro dos prémios consistiu numa formação na conceituada escola de cozinha madrilena Le Cordon Bleu. Como é que foi essa experiência?
Maria: Já nem me recordo bem (risos). Foi curta! Foram oito horas repartidas pelos dois dias.
DTM: Consideras que tenha sido tempo suficiente?
Maria: Acho que foi tempo suficiente, até porque ainda aprendi bastante. Aprendi várias técnicas de corte, de empratamento e outras técnicas de cozinha, algumas bem rigorosas. O prémio estipulado foram dois dias, agora claro que gostava de ter ficado lá mais tempo. Até gostava de estudar lá, mas…
DTM: Quais são os sonhos que norteiam a tua vida, para além da cozinha?
Maria: Gostava de ser chef ou pasteleira. Mas fora do âmbito do programa, também gostava de ser designer de produtos ou de interiores ou mesmo de roupa. Gosto muito de desenhar roupa. E, também, adorava ser atriz.
DTM: Mas se tivesses de escolher, agora, seguirias que carreira?
Maria: Uma em cada dia (risos). Sinceramente, não sei ainda! Só sei que gostava de ser posta à prova. E, assim, talvez poder descobrir…Experimentar para ver aquilo que eu mais gosto.
DTM: Soube que tens um canal do Youtube, “A Moda da Maria”, onde, entre muitas outras coisas, dás dicas de beleza. É para manter?
Maria: Sim, enquanto puder. E estou quase nos 10 mil subscritores (risos)! Qualquer dia já ganho dinheiro com o Youtube (risos).
DTM: Conta-nos um pouco o que é que fazes nesses vídeos que tu própria realizas para os teus seguidores.
Maria: É a minha mente! O que me vier à cabeça eu faço e, também, o que gosto de ver nos outros youtubbers. Não gosto, por exemplo, de ver vídeos para rir. Isso não! Mas gosto de fazer vídeos de cozinha, sobre o meu dia a dia, de moda, sei lá, maquilhagem, penteados, várias coisas…
DTM: É importante para ti teres um canal no Youtube?
Maria: Sim! Mas vejo isso como uma diversão. Ou seja, só o faço porque me divirto a fazê-lo. Claro que gosto de ter subscritores porque isso é sinal que gostam de nós (risos). Agora, não existe um dia ou hora fixa para eu postar os meus vídeos. É na hora! Se me apetecer fazer faço, se não me apetecer não faço. Se me apetecer fazer às 5 da manhã é o que vou fazer como já aconteceu várias vezes quando estou de férias.
DTM: Se pudesses escolher cozinhar para uma personalidade nacional ou internacional quem escolherias?
Maria: Se calhar o Jamie Oliver ou o Gordon Ramsay.
DTM: E não te sentirias um bocadinho intimidada por cozinhar para dois dos mais conceituados chefs a nível mundial?
Maria: Não porque eu sinto-me um grande chef como se diz no MasterChef e eles iriam ficar impressionados comigo (risos).
DTM: Atualmente, existe um grande desperdício alimentar nas sociedades ocidentais. Comida que daria para alimentar muita gente que passa por dificuldades. Se pudesses tomar uma atitude, o que farias em relação a essa temática?
Maria: Hoje em dia, já há restaurantes que fazem isso, que dão a comida que sobra a pessoas que passam fome. Agora, se fosse eu a decidir doava a instituições como a Santa Casa da Misericórdia.
DTM: Para terminar, já tens algum projeto ou proposta para realizares a curto prazo?
Maria: As notas (risos)! Quero estudar e no 10º ano tirar Design e Moda até ao 12º ano e continuar esse curso na faculdade. Depois, quero, também, tirar um curso profissional de cozinha, já que não temos em Portugal nenhuma universidade de cozinha.
DTM: E em termos de televisão? Já te fizeram algum tipo de convite?
Maria: Por enquanto, ainda não… Está tudo muito cru… Ainda precisa de ser cozinhado…
Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com
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