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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Bicho-da-seda volta a despertar interesse a investidores

A marcar a revolução do rudimentar para a industrialização, a produção de seda faz parte da história do concelho de Macedo de Cavaleiros e é uma cultura que tem despertado recentemente o interesse de investidores na zona norte do país.
Quem o diz é Jorge Azevedo, do Departamento de Zootecnia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

“Estou certo que vai acontecer porque já há um investidor que já abraçou este projeto. Começou este ano pela plantação de algumas amoreiras mas vai avançar. A ideia é virmos a ter em Portugal uma seda produzida cá, no País. No Norte, não em Trás-os-Montes, infelizmente, mas será um gérmen de algo que poderá rapidamente passar para Trás-os-Montes.”

Em meados do séc. XVIII, o Real Filatório de Chacim, no concelho de Macedo de Cavaleiros, foi o maior exemplar de sericicultura de todo o país, constituindo um marco histórico na economia da região. Fala-se em reativar o Real Filatório, mas, para isso, é necessário tomar medidas e desenvolver novos métodos de trabalho.

“Só será possível reatar esta atividade com novas técnicas, por uma questão de produzir barato. Como sabemos, a China tem a mão-de-obra muito barata, tem centenas de milhares de pessoas ligadas a esta atividade por isso é que dominam a produção de seda e o comércio da seda em todo o mundo. Nós para competir não temos à partida muitas possibilidades a menos que avancemos para a mecanização de praticamente todo o sistema, o que hoje já é possível.”
Além do habitual uso da seda, há novas ideias a desenvolver para dar uma maior utilização e rentabilidade ao bicho-da-seda.

“A seda, propriamente dita já é usada há centenas de anos para fins medicinais, nomeadamente para fazer costuras de feridas. O nosso objetivo é vir a produzir uma seda mais resistente mas produzida pelos próprios bichos, não depois na parte da indústria; por isso serem os próprios bichos a produzirem essa seda mais resistente. Quanto à multiplicidade de utilizações elas são mais do que uma centena. Aliás, uma das área sonde em que eu me interesso, onde me vou empenhar em produzir bicho-da-seda é para a alimentação animal; nomeadamente os répteis, as aves e os peixes, onde já hoje, no mundo, esses bichos-da-seda são muito utilizados.”
Neste momento, há estudos e projetos a serem desenvolvidos neste âmbito por instituições em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes.

Escrito por ONDA LIVRE

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