Produtores de alguns concelhos do distrito queixam-se de estragos em olival e montado devido ao mau tempo da semana passada e pedem ajuda ao governo.
Alguns produtores de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro viram mais de 2 mil hectares de árvores afectadas, com ramos partidos ou mesmo completamente destruídas devido ao peso da neve e do gelo que afectaram a região na semana passada.
Na Apata – Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais, sedeada em Mogadouro, foram centenas os produtores que pediram acompanhamento técnico para tratar das árvores que não foram totalmente dizimadas, como explica o presidente da associação, Armando Pacheco.
“Estão afectadas perto de 1000 hectares de olival e 1500 de montado, são muitos produtores que nos estão a alertar e os nossos técnicos têm percorrido a região em várias visitas e são várias centenas de agricultores que se têm estado a queixar e pedem apoio técnico à associação”, destaca.
As plantações mais afectadas correspondem a árvores novas, uma situação que acarreta prejuízos já que o mau tempo deixou mazelas a longo prazo.
“São olivais mais jovens, tem a ver com o peso da neve e do gelo, como se manteve muito tempo tornou-se um peso grande e as árvores não resistiram, partiram os ramos ou mesmo no tronco. Quando há um corte numa árvore é uma ferida e fica com mais probabilidade de uma infecção que trará uma doença à árvore, por isso devem ser tratados através de poda e aplicação de fungicidas”, frisa.
Os produtores pedem ajuda à tutela para minimizar os prejuízos, com apoios para pesticidas e alargamento por um mês do prazo para a poda do sobreiro.
A APATA representa mais de um milhar de agricultores nos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro e Alfândega da Fé.
Escrito por Brigantia
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