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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 26 de março de 2018

MÚRIAS - Freguesias do Concelho de Mirandela

MÚRIAS é uma freguesia do concelho de Mirandela, situada a cerca de 16 km da sede de concelho, e a 8 km da Torre de D. Chama. Tem como orago o S. Martinho. Pertenceu a este concelho até 24 10 1855, data em que passa a ser administrada pelo de Mirandela.
Religiosamente foi da apresentação do Reitor de Ala e pertenceu à Comenda do mesmo título, passando a Reitoria. No Diário do Governo de 1902 vem a portaria que aprova o plano de lavra de uma mina de chumbo naquela freguesia. O termo desta freguesia é isolado das vias mais movimentadas do concelho, como é o caso da estrada Torre /Mirandela, pelo que a sua interioridade e abandono são facilmente identificadas.
Na década de 60 havia ali 2 lagares de azeite, 1 fabricante de telha e tijolo, 2 mercearias, I minas de estanho, 2 professores e três proprietários abastados. Vejamos por exemplo a diminuição das suas gentes: em 1950 somava 673 habitantes, em 1991 eram 453 e em 2001 apenas 353, sendo 178 do sexo masculino. Os que ali residem trabalham os seus terrenos, e produzem abundantemente azeitona, batatas, frutas, algumas hortaliças e vinho. Em termos pecuários há 4 rebanhos de ovelhas e 1 de cabras.
A sede de freguesia, Múrias, tem um edifício da Junta que é novo, e situa se ao lado da Capela da Sr.ª dos Anjos, que tem um alpendre aprazível. A rua principal atravessa a pelo meio, e tem o Largo de Terreiro onde se juntam as pessoas aos domingos e dias santos e onde costumam ainda jogar o chino. A rua dá seguimento para o povoado de Regodeiro. A Fonte do Povo ou não funciona ou não dá água suficiente, o mesmo acontecendo com as torneiras do chafariz que andavam sempre avariadas, tal como a bomba de água em meados dos anos 90 do século XX. Têm escola primária, o campo de futebol, um único café, realizam bailes domingueiros, principalmente a juventude. A Capela de S. Paulo degradou se com o tempo e o desprezo das gerações. A sua Igreja Matriz é o monumento que mais se destaca no meio do casario, para a parte superior da povoação. É simples, rústica, granítica e de torre sineira simples. As suas anexas são todas de poucas habitações e pessoas. Couços, Regodeiro, Gandariças e Vale de Prados, não passam de reduzidos aglomerados exclusivamente rurais que se mantiveram graças a uma agricultura de subsistência.
Vale de Prados de Ledra chamava se assim porque existia na Terra de Ledra e para distinguir de Vale de Prados de Macedo de Cavaleiros. O Orago era Santo André. O povoamento local é muito anterior à nacionalidade. A Paróquia foi instituída pela abadia de Guide depois do século XV na ermida local dedicada ao apóstolo. Foi unida a Múrias depois da extinção da paróquia (cerca de 1834).

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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