Maria das Neves Gonçalves |
O Pai negociava grão de amêndoa.
O Pai disse-lhe que lhe comprava um vestido novo, se fosse comprido até aos pés. Não quis. Teve de esperar até a Mãe o conseguir.
Nos dias de festa comiam-se uns peixes de quase dois metros (enguias), barbos e caranguejos (lagostins de água doce).
Nunca trabalhou, mas quando ia à horta regar, transportava-se na égua. Comia-se pão centeio, se faziam pão trigo, tirava-se um bocado de massa para se fazerem filhós.
Possuíam colmeias, não tiravam o mel, vendiam a cera. Conservavam as castanhas durante todo o ano em areia. Ao pobre de passagem davam-lhe de comer igual ao dos outros, e géneros que ele levava no burrico.
Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança
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