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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

6 aldeias de sonho para visitar em Trás-os-Montes

É uma das mais bonitas regiões de Portugal e encerra pequenos cantos e recantos de encantar à espera de serem descobertos: 6 aldeias de sonho para visitar em Trás-os-Montes.

São Xisto

Poucas regiões em Portugal possuem o encanto e cativam tanto os turistas como Trás-os-Montes. Trata-se, na realidade, de uma região com várias regiões dentro, todas diferentes e únicas. Separadas por apenas alguns quilómetros de distância, aqui pode observar o nascimento do Parque Nacional da Peneda Gerês na região de Montalegre, os vinhedos do Douro na região do Peso da Régua, as arribas do Douro Internacional em Miranda do Douro e as cores do Outono no Parque Natural de Montesinho. E depois, claro… há a excelente gastronomia desta região do norte de Portugal. Mas talvez uma das coisas que faz de Trás-os-Montes um local tão especial seja as suas aldeias. Nelas, a sua população tenta manter intactas algumas tradições seculares. Longe da azáfama das grandes cidades, estes pequenos recantos, apesar de quase abandonados, são pequenos tesouros por descobrir. Descubra você também 6 aldeias de sonho para visitar em Trás-os-Montes.

1. Gimonde

Gimonde

Situada no concelho de Bragança, Gimonde oferece a quem o visita o melhor e o mais genuíno da terra fria transmontana, sempre com o calor humano e a arte de bem receber dos seus habitantes. As paisagens soberbas, a riqueza patrimonial e o pitoresco do quotidiano rural fazem de Gimonde o sítio ideal para uma escapadela de fim-de-semana ou férias, em total comunhão com a natureza.

Gimonde

A freguesia, integrada na orla meridional do Parque Natural de Montesinho, é bem conhecida pelos seus atractivos turísticos, os quais se desdobram pelas vertentes paisagísticas, monumental, arqueológica e, inclusivamente, gastronómica. Na pitoresca aldeia contabilizam-se diversos restaurantes, alguns deles afamados quer pelo atendimento, quer pelas iguarias tradicionais (sobretudo o soberbo fumeiro e deliciosas compotas).

2. Vilarinho de Negrões

Vilarinho de Negrões

Na margem sul da Albufeira do Alto Rabagão encontra-se Vilarinho de Negrões, uma das aldeias mais pitorescas de toda a região, pelo seu casario ainda relativamente preservado e, acima de tudo, por se encontrar sobre uma estreita e bela península – um pedacinho de terra poupado à subida das águas.

Vilarinho de Negrões

Vilarinho de Negrões é assim uma terra que se vê diariamente ao espelho e se distingue à distância pela sua perfeita simetria, uma espécie de Jardim do Éden português. Perto, situa-se a freguesia de Negrões, alma gémea, que possui um forno todo em granito. É um monumento a contrastar com canastros esguios, onde o milho e o centeio se conservam. Prepare-se, a região do Barroso é diferente de tudo aquilo que alguma vez já viu!

3. Rio de Onor

Rio de Onor - Bragança

Rio de Onor pode ter tido origem no povoado medieval de Vinhas Cales, no cabeço do Codeçal, mas sabe-se que pertenceu à Casa de Bragança. Divide o território com a sua homónima espanhola, Rihonor de Castilla. Da tradição e do convívio entre as duas aldeias surgiu um dialecto – o rionorês. Ainda se partilham terrenos e moinhos, na memória fica o rebanho e o boi comunitários, que já não existem. Mantém um modo de administração rural, liderado por dois Mordomos, designados pelo Conselho – assembleia com representantes de todas as famílias da aldeia. A “Vara da Justiça” garante o cumprimento das regras e aplica multas, muitas vezes pagas em medidas de vinho ou azeite.

Rio de Onor

Está inserida no Parque Natural de Montesinho e na Zona de Protecção da Rede Natura 2000, e reparte o nome com o rio que a atravessa – o rio Onor, também conhecido como rio Contensa. O facto de ser atravessada pela fronteira política faz com que a maioria dos habitantes seja bilingue ou trilingue (português, castelhano e rionorês). Da sua arquitectura tradicional de xisto, destacam-se a ponte romana, a Igreja Matriz e um Castro medieval.

4. Pitões das Júnias

Pitões das Júnias – António Cunha

Localizada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, no bonito concelho de Montalegre, Pitões das Júnias é uma das mais tradicionais e pitorescas aldeias transmontanas, que tem conseguido manter ao longo dos séculos a sua pequena população e o aspecto medieval, de construções em pedra, sendo um dos principais atractivos turísticos desta região nos meses de Verão, contando já com algumas unidades de turismo ecológico.

Pitões das Júnias

A origem desta aldeia origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, localizado num vale isolado, consagrado à Senhora das Unhas que acabou por se tornar Senhora das Júnias. O ano de 1147 será a data provável da fundação do mosteiro das Júnias, como atesta a data gravada no muro da igreja. Sabe-se que a incorporação na importante Ordem de Cister ocorreu no séc. XIII, sendo este o estabelecimento cisterciense mais isolado que se tem conhecimento.

5. Montesinho

Montesinho

Montesinho é uma aldeia típica transmontana, situada nos contrafortes da Serra de Montesinho, a cerca de 1000 metros de altitude, em pleno Parque Natural de Montesinho. Deixe que a serenidade desta aldeia o seduza e passe uns dias instalado numa das casas adaptadas para turismo, em granito, com telhados em lousa e varandas em madeira, abertas para a serra! Caminhe pelas ruas da aldeia, calcetadas e bem cuidadas, e descubra a Igreja de Montesinho, o Núcleo Interpretativo de Montesinho e o Museu instalado numa casa típica transmontana, onde poderá conhecer a caracterização geológica de Montesinho e os modos de vida tradicionais desta “aldeia preservada”.

Montesinho

A beleza natural desta região convida a caminhadas demoradas: faça o Passeio Pedestre de Montesinho (10 quilómetros) que o conduzirá por trilhos e caminhos nas aldeias de Montesinho, França e Portelo. Deslumbre-se com a paisagem de contrastes: o verde das pastagens pintalgado por flores coloridas e o dourado e avermelhado dos bosques… Encontra-se no Parque Natural de Montesinho, por isso não se surpreenda se avistar uma águia-real ou uma cegonha negra; um lobo ibérico ou um veado!

6. São Xisto

São Xisto/Ferradosa

Situada no coração da região classificada pela UNESCO como Património Mundial, São Xisto é um local encantado sobre o rio Douro! Localizada em Vale de Figueira, concelho de São João da Pesqueira, a aldeia é dominada por uma paisagem de cortar a respiração! Para apreciar esta aldeia, bastaria olhar em redor para os montes e vales, o Douro ali tão perto, tradicionais muros de pedra e os socalcos típicos das vinhas nas margens deste rio. Mas os seus encantos não ficam por aqui…

São Xisto

Deixe-se deslumbrar, também, pelo património diverso desta bonita aldeia, que passam pela Capela de São Xisto, o Mirante Anjo Arrependido, a Fonte Centenária e as diversas casas típicas em xisto. Os locais a visitar, num passeio sem pressas, passam ainda pelos inevitáveis lagares de azeite e de vinho, ou não estivéssemos nas margens do Douro. O cais fluvial do Douro e a estação ferroviária de Ferradosa conferem ainda mais encanto a este local. A aldeia de São Xisto possui particularidades muito específicas ligadas à importância da vinha. Aqui domina, como o próprio nome indica, o xisto, a contrastar com o granito que toma conta da margem oposta.


Vortex Magazine

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