Este vinho provém de uma casta de maturação tardia, sendo que os mostos possuem um potencial alcoólico baixo e uma acidez fixa média. Segundo explica o responsável pela empresa, António Boal, são vinhos bastante especiais, que provém de uma vinha com 140 anos. "Há dois anos comprámos uma vinha velha, no Planalto Mirandês, com 140 anos. Começámos a fazer experiências e no ano passado não resultou com a qualidade que pretendíamos para esse perfil de vinhos, mas agora está a ser apresentado o vinho dessa sub-região. Fizemos um estudo de uma monocasta, o tinta gorda, e um bago a bago, da própria vinha. É o primeiro tinta gorda monocasta do país".
Estes novos vinhos foram lançados em plena pandemia, até porque é preciso continuar a trazer novidades ao público. "Com a pandemia não temos tido muito decréscimo de venda, porque temos muitas referências que são para o mercado médio alto, que continua a comprar este tipo de vinhos. Procuram cada vez mais novidades".
Criada em 2009, a Costa Boal lançou os primeiros vinhos em 2011, em Mirandela. Depois, António Boal reforçou os laços com o Douro, comprando vinhas no concelho de Alijó, de onde é natural. Desde aí tem vindo a apostar cada vez mais em vinhas velhas, sendo que no Planalto Mirandês não quer ficar por aqui. "Em 2011 tínhamos cerca de 18 hectares de vinha, agora temos 105, espalhados pelo Douro, Trás-os-Montes e, recentemente, Alentejo".
Os vinhos têm arrecadado vários prémios e, por isso, estão a conquistar diversos mercados.
A Costa Boal, que quando lançou a primeira marca rotulada, em 2011, empregava três pessoas, para serviços de escritório e de expedição, tem agora 17 funcionários, afectos às mesmas funções e também nas adegas. Além disso, emprega ainda outras 25 pessoas na parte agrícola.
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