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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

LETRAS TROCADAS

Por: Maria dos Reis Gomes
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)

Hoje, nas minhas leituras matinais surgiu este texto que me fez mais uma vez refletir sobre o assunto e que transcrevo:
  
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê cnocseguee anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltrea szoinha, mas a plravaa cmoo um tdoo.

O texto remete-me para uma preocupação que me acompanhou durante todo o meu percurso profissional e continua a merecer a minha atenção “ as mágoas” daqueles para quem a escola se torna um suplicio só porque manifestam  dificuldades na aprendizagem da leitura e da  escrita apesar de demonstrarem capacidades extraordinárias noutras áreas  de expressão.
No início de um ano lectivo completamente atípico tenho-me lembrado muito destes alunos. Se o confinamento destes e de outros alunos foi péssimo por não permitir  a interacção entre pares, ouvi da boca de alguns com quem convivi,  terem  sentido  um alívio não se sujeitarem  às leituras em público, nem à contagem dos erros por parte de quem corrige os seus trabalhos e a maior parte das vezes não se coíbe de verbalizar a frase fatal:  “ és sempre o mesmo…ou a mesma”…  
O que interessa afinal?... Se por um lado temos o dever de acompanhar todos os alunos por forma a alcançar os objetivos propostos para o seu nível de ensino a forma como seleccionamos as estratégias para o conseguir é efectivamente o que conta. Entender estes alunos, fazê-los sentir uteis e especiais nas diferentes áreas de aprendizagem é a motivação para trabalhar as áreas comprometidas. Hoje não me interessam explicações mais ou menos científicas para o fenómeno. Hoje interessa-me realçar a importância do envolvimento no bem estar psicológico do aluno e o reforço a dar às famílias.
Como o texto que transcrevi demonstra, afinal compreendemos as mensagens apesar do posicionamento das letras trocadas... É a primeira mensagem que interessa. Depois há que trabalhar a correção colectiva do texto e apelar para a memória visual e auditiva. Só se aprende quando estamos disponíveis para o fazer e nos sentimos felizes com isso. Com este pressuposto prometo que as próximas reflexões que escreverei neste espaço vão reflectir abordagens de intervenção pedagógica em alunos com dificuldades na leitura e na escrita. Com avanços e recuos, conseguiram-se   percursos académicos felizes. Tudo é possível quando nos envolvemos com perspectivas  positivas.


Maria dos Reis Gomes
, nascida e criada em Bragança. Estudou na Escola do Magistério em Bragança, no Instituto António Aurélio da Costa Ferreira em Lisboa e na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação no Porto, onde reside.
Sempre focada no ensino e na aprendizagem de crianças com NEE (Necessidades Educativas Específicas) deu aulas no CEE (Centro de Educação Especial em Bragança). Já no Porto integrou o Departamento de Educação Especial da DREN trabalhando numa perspetiva de “ escola para todos, com todos na escola). Deu aulas na ESE Jean Piaget e ESE Paula Frassinetti. No Porto. A escola, a educação e a qualidade destas realidades, são os mundos que me fazem gravitar. 
Acredito que, tal como afirmou Epicteto “ Só a educação liberta”. Os meus escritos procuram reflectir esta ideia filosófica.

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