Para passarmos uma bela tarde a jogar às tchaplas era, primeiro, necessário arranjar a matéria-prima.
Uma volta pelos cafés ou nas imediações do campo de futebol após os jogos de domingo, eram as “minas” onde existia o “material”.
As tchaplas, eram as cápsulas das bebidas, como as das águas engarrafadas ou as cervejas e sumos, depois de, habilmente, transformadas.
Nos tempos atuais, em Bragança, já não era possível jogarmos às tchaplas, pelo menos da maneira como as produzíamos. Roubaram-nos as máquinas de produção e transformação.
A nossa “oficina” era a zona da passagem de nível do comboio no Loreto.
Uma volta pelos cafés ou nas imediações do campo de futebol após os jogos de domingo, eram as “minas” onde existia o “material”.
As tchaplas, eram as cápsulas das bebidas, como as das águas engarrafadas ou as cervejas e sumos, depois de, habilmente, transformadas.
Nos tempos atuais, em Bragança, já não era possível jogarmos às tchaplas, pelo menos da maneira como as produzíamos. Roubaram-nos as máquinas de produção e transformação.
A nossa “oficina” era a zona da passagem de nível do comboio no Loreto.
Depois de almoçarmos… enchíamos os carris com as pirulitas/caricas. Cada um colocava as suas devidamente separadas das dos outros. Espaço não faltava. Perto das 3 da tarde… o comboio, ou a automotora, cumpriam com rigor uma das suas missões… fabricar-nos as tchaplas.
Umas, poucas, ficavam no sítio, outras voavam mas nunca era para longe.
Já com o material em nossa posse, uma qualquer parede nos servia para passar a tarde.
O primeiro a jogar atirava a sua tchapla contra a parede, tentando sempre que fosse para o mais afastado possível para dificultar a tarefa do adversário. O que jogava a seguir tinha como objectivo tentar aproximar a sua tchapla, da tchapla do que tinha jogado em primeiro lugar.
Umas, poucas, ficavam no sítio, outras voavam mas nunca era para longe.
Já com o material em nossa posse, uma qualquer parede nos servia para passar a tarde.
O primeiro a jogar atirava a sua tchapla contra a parede, tentando sempre que fosse para o mais afastado possível para dificultar a tarefa do adversário. O que jogava a seguir tinha como objectivo tentar aproximar a sua tchapla, da tchapla do que tinha jogado em primeiro lugar.
A “conquista” ficava à distância de um fulcro (o fulcro era a distância entre o polegar e o indicador, abertos e separados, do jogador). Se a sua tchapla estivesse perto da do primeiro jogador dentro do espaço do fulcro, o segundo jogador ganhava a tchapla do primeiro jogador e recomeçava-se o jogo. Se, por quase milagre, a tchapla ficasse encavalitada na outra, o ganho era a dobrar. Caso não estivesse dentro do fulcro, era o primeiro jogador a jogar novamente e assim sucessivamente até…, por vezes… ANOITECER!
Era uma alegria quando se conquistavam algumas das tchaplas mais desejadas…
Era uma alegria quando se conquistavam algumas das tchaplas mais desejadas…
E assim, com imaginação e engenho, sorriamos para a vida.
Não nos faltavam nem divertimentos, nem amigos com quem brincarmos.
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