Os meses de junho e julho têm-se revelado muito maus para o comércio e serviços, em geral. As ruas vazias, os estabelecimentos sem qualquer movimento, até mesmo as esplanadas têm registado fraca afluência.
Muitos são os comerciantes que atravessam, assumidamente, grandes dificuldades e nem as promoções antecipadas têm representado um aumento da procura.
E é por sentir esta realidade de perto e ouvir os desabafos de quem depende do negócio, que a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB), uma vez mais, apela ao consumo local.
Mesmo estando em meses de verão não se nota um aumento do movimento nas ruas, os turistas ainda são escassos, assim como os emigrantes. Sem gente não há negócio, sem negócio não há empresas nem postos de trabalho.
O apelo da ACISB vai no sentido de consciencializar a comunidade a privilegiar o consumo local, defendendo que sem comércio não há “vida na cidade”, sem um comércio saudável agudiza-se também a crise social.
Os comerciantes, uma vez mais, empenharam-se nesta campanha e estão a gravar vídeos, que posteriormente a ACISB publica nos seus canais online, em que repetem a seguinte frase: “Para continuarmos aqui, precisamos de si”.
É um apelo sentido, verdadeiro, que revela bem o desespero de quem se sente impotente para fazer face às dificuldades que o contexto de pandemia criou. Por um lado, a insegurança com as oscilações do número de casos e a presença ainda da doença COVID-19 no mundo, no país e na região; por outro lado, a provável diminuição do poder de compra de muitos setores da população, desde logo dos próprios comerciantes e empresários dos ramos mais afetados pela crise.
Os comerciantes insistem que, na generalidade, cumprem as regras de segurança, prepararam os respetivos estabelecimentos seguindo as orientações da Direção Geral de saúde, são os primeiros a seguir as regras e a querer que esta situação pandémica termine o mais rápido possível.
Por essa razão pedem “confiança” e pedem o apoio da comunidade, para que os clientes regressem, com regras, mas sem medo, que voltem a privilegiar os pequenos estabelecimentos, as compras presenciais, o atendimento personalizado. Que a comunidade ajude na sobrevivência da economia local, na sobrevivência económica e social da própria cidade.
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