Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Os grandes políticos e os medíocres

*OPINIÃO
A política, a nobre arte do governo da cidade, está a converter-se na arte de melhor gerir o imediato e a vitória nas eleições seguintes, que garantam o acesso ao poder e o que dele se possa usufruir. Acontece assim na Venezuela, em que todos falam na defesa do povo.

De facto, porém, tanto os Estados Unidos, que apoiam Juan Gaidó, como a Rússia, que apoia Nicolás Maduro, estão preocupados em garantir o acesso às riquezas venezuelanas e o seu controlo.

Os grandes políticos são aqueles que, em vez de se preocuparem com as vitórias a curto prazo, investem na construção de um futuro melhor para as populações que servem, em particular para os mais desfavorecidos. Foram políticos desse calibre que sonharam o projeto europeu. São políticos medíocres os que cavalgam populismos e põem em risco os ideais de quem, um dia, conseguiu ver mais além do que o imediatismo da conquista do poder.

Enquanto num passado recente a política era exercida por políticos que tinham a capacidade de "pensar em grande", esta hoje caracteriza-se por ser uma atividade que "não tem grandes projetos e vive apenas para as vantagens imediatas, para as eleições", denunciou o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, numa entrevista ao "Expresso".

Quando se aproximam as eleições europeias, em que se devia estar a discutir as propostas dos diferentes partidos para a construção europeia, gasta-se o tempo a debater questões da política nacional, desenterrando-se assuntos ou quezílias que pouco, ou mesmo nada, têm a ver com as europeias. Ultimamente, a discussão que está a inquinar o debate político é em torno da aliança negativa que aprovou na Assembleia da República a restituição do tempo perdido pelos professores durante os anos da crise. Fica a dúvida, até ouvindo os diversos comentadores, se alguém está verdadeiramente preocupado com essa questão, ou se o que move os partidos é apenas o objetivo de ganhar vantagens eleitorais, tendo como pano de fundo as legislativas.

Política a sério, teria sido os sucessivos governos, tanto os de Esquerda como os de Direita, terem conseguido encontrar soluções para a promoção e dignificação do estatuto dos professores, em vez de o terem deixado degradar. Políticos a sério são aqueles que não se limitam a gerir em função de um horizonte limitado dos ciclos eleitorais, mas que determinam, significativa e positivamente, o futuro de uma comunidade humana.

São esses os políticos que necessitamos. Tanto a nível nacional como europeu.

*Fernando Calado Rodrigues
*PADRE
Jornal de Notícias

Sem comentários:

Enviar um comentário