Uma obra adaptada para o teatro, que reúne vinte histórias recolhidas junto da população das aldeias transmontanas, grande parte delas do concelho macedense, onde o professor de expressões culturais e dramáticas e também encenador viveu durante quase duas décadas:
“A zona onde eu me instalei para fazer o meu trabalho de investigador, professor e encenador de teatro foi Macedo de Cavaleiros.
São histórias que eu fui recolhendo ao longo da minha experiência e transformei em peças de teatro que já foram representadas em vários locais.
Eu já dou aulas há mais de 20 anos, conto histórias há quase 30 e, no fundo, este livro é um documento onde as histórias saltam para o papel de forma a eternizá-las pois não podemos permitir que histórias tão bonitas que pertencem à nossa tradição oral se percam.”
Além de um livro, esta obra pode ser também uma ferramenta de trabalho com a qual o autor espera chegar a vários públicos, explica:
“No fundo, com estas histórias pretendo piscar o olho a diferentes públicos. E porque um deles são as crianças, convidei um ilustrador, o DaFonte, para fazer um conjunto de ilustrações que tornam o livro mais convidativo à leitura.
Tem também algumas histórias mais complexas que já obrigam a uma leitura elaborada, e há ainda outras mais simples, tipo anedotas que se recolhem no dia dia. Por fim, há uma quarta parte em que as pessoas podem registar ou ilustrar alguma história de que se lembrem.
Quem gosta de trabalhar com crianças, com idoso ou outros públicos, tem aqui uma ferramenta muito útil para podere utilizar no seu dia a dia de forma simples com os diálogos, as instruções cénicas e ainda com sugestões ao nível do cenário.”
Para já, este é o primeiro volume, mas Acácio Pradinhos admite que já tem pensado um segundo:
“As histórias que eu escolhi foram selecionadas mas há muitas mais pois toda a minha vida profissional está intrinsecamente ligada à tradição oral.
Tenho várias histórias escritas, estas são sobre a tradição oral transmontana, vai haver outro volume, e depois faltaram as da tradição oral universal que são uma quantidade infinita.
No entanto, não me interessa fazer mais do mesmo, quero marcar pela diferença.
Eu assumo-me como um homem do teatro, encenador, que usa a sua experiência para transformar pequenas histórias em peças exequíveis. “
Um livro que pode ser encontrado junto da editora, a brigantina Flordopassarinho ou online através do site do próprio livro.
Escrito por ONDA LIVRE
Sem comentários:
Enviar um comentário