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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Escultura alusiva ao 25 de Abril (2003)

Em Bragança, para além da escultura já referida do átrio do Hospital Regional, José Rodrigues executa duas magníficas peças, representativas da sua versatilidade enquanto artista: o Monumento de Homenagem ao 25 de Abril e a Homenagem à Indústria da Seda.


Pelo que apontaremos de seguida, podemos constatar o espírito criativo do artista pela diferença de propostas, sob o ponto de vista estético, para as duas intervenções no tecido urbano.
Convidado a apresentar uma proposta para o monumento comemorativo do 25 de Abril, José Rodrigues enviou ao Presidente da Câmara de Bragança, em 29 de abril de 2002, um documento com a memória descritiva onde revelava a sua conceção para a escultura a executar. Pelas suas palavras, podemos seguir o seu pensamento criador: “Por fim, um povo que resiste… por tempo demasiado… quebra os cadeados e procura desesperadamente recuperar a luz perdida, a esperança perdida, as vidas perdidas… Pretendeu-se aqui exaltar o fim das poderosas correntes que, longamente, foram amarrando um povo inteiro e, por outro lado, introduzir, através do brilho das curvas em meia-lua, a tomada do novo dia, brilhante, que acabou com um tempo de escuridão, silêncio, morte…”
A 7 de junho de 2002, o Departamento de Obras e Urbanismo propunha a adjudicação da conceção do monumento ao artista, “por se tratar de um escultor trasmontano e de nome reconhecido”, mencionando-se como local destinado a receber a obra o topo da Avenida das Forças Armadas, com ligação ao prolongamento da Avenida Sá Carneiro. Em reunião havida ainda em junho desse mesmo ano, o coletivo camarário aprovou, por unanimidade, esta proposta, tendo o próprio Presidente da Câmara informado oficialmente o escultor desta resolução, a 13 de setembro.
Inaugurada em 2003, esta escultura, encomendada pela Câmara de Bragança para comemorar uma efeméride tão importante para Portugal como foi o 25 de Abril, iria destacar-se entre as muitas outras que se foram espalhando pelo País. A utilização de planos que se intercetam brutalmente, de correntes enormes que são quebradas por forças invisíveis, transmite-nos a visão telúrica do conceito de liberdade do artista que, no seu pensamento, tem origem na noite dos tempos e que é transversal a todas as épocas, explodindo pela vontade do Povo e que, no monumento, se reflete na luminosidade das meias-luas associadas à esperança intemporal do Homem.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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