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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

VAIDADE OU NECESSIDADE?

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


A cada passo lemos, nos jornais, que tal figura pública ou conhecido político, teve que corrigir o currículo, porque incluiu habilitações, que não possuía.
Será que o fez por vaidade ou pelo facto de conhecer, que só tem valor, quem possui título académico?
No final do século passado, fui encarregado, primeiro pelo vice-director, depois pelo director de publicação local, a realizar série de entrevistas a figuras que se evidenciaram, na: política, ciência, arte ou desporto.
Certa tarde, depois de acordo telefónico, combinei entrevistar jovem deputado.                           
Após apresentações e conversa informal, confidenciou-me (recomendando desligar o gravador,): que quando chegou, pela primeira vez, à casa da democracia, verificou, estupefacto, que era olhado de modo diferente.
Rapidamente verificou, que era devido a não ser licenciado! …
Então, procurou tirar curso superior, pois desejava fazer carreira política…
Lembrei-me agora, do artigo da escritora Tereza de Mello, referindo-se à minha crónica:” Doutores e Engenheiros”, onde comentava a determinado passo: “ (Meu) pai tinha dois cursos superiores, e nunca foi tratado senão pelo nome.” – “Jornal de Abrantes” – 13/2/09.
Pelo nome, também, deseja ser conhecido o Prof. Doutor Pedro Barbosa, do Porto, que pede aos alunos, que o tratem pelo nome próprio.
João Adelino, da RTP, conta em “ Dinheiro Vivo” – 14/04/12, – que sendo moderador, entre dois políticos, um recusou entrar no estúdio, por não o ter tratado por Sr. Doutor! …
E por que assim acontece?
Responde Marden, em: “ O Poder da Vontade”: “ Dá-se mais importância ao diploma, que representa uma sabedoria fictícia, do que à verdadeira sabedoria, sem garantia do diploma.”
Para o vulgo – e não só – quem não tem “canudo”, por mais sábio que seja, não passa de simples habilidoso…
Meu pai, com graça, mas de semblante sério, dizia: “Virá o tempo, em que as Escolas Técnicas, terão de dar, o título de doutor: aos trolhas e pedreiros, se queremos ter, quem nos tire a pinga do telhado…

Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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