Marcelo Rebelo de Sousa destacou, no seu discurso, que aqui também é Portugal e que ser português não se pode medir pela distância da capital.
“Há uma ideia que me parece importante que é a ideia de defender a valorização da língua mirandesa, a valorização do património, haver uma compreensão em termos de solidariedade nacional no contributo financeiro para o que é o enriquecimento do património aqui em Miranda, que enriquece também todo Trás-os-Montes e todo Portugal”, disse.
O Presidente da República teve ainda oportunidade de falar com os membros do Movimento Terra de Miranda, criado para defender os interesses daqueles que vivem onde estão instaladas as barragens vendidas pela EDP à Engie. Mas quanto às compensações que tanto se reivindicam e que até agora nada, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu não comentar.
“Não me vou pronunciar aqui sobre esta matéria. Eu tenho falado com eles e tenho feito o que entendo que devo fazer”, referiu.
Quanto à situação epidemiológica do país, o chefe de estado disse que o pior já passou e que a solução é vacinar o mais rápido possível. Salientou ainda as boas relações com Espanha durante a pandemia.
Já o presidente da câmara de Miranda do Douro não pôde deixar de falar dos desafios que a sua terra continua a atravessar e na luta contra o isolamento. Mas, Artur Nunes mostrou-se satisfeito que o Presidente da República tenha enaltecido a importância da cultura e tradições.
“Destacando o papel do interior, das tradições, da importância de Miranda do Douro para Portugal, ter dito claramente que ser mirandês é ser português e cada vez mais a preocupação de todo o território nacional e a visita dele foi exactamente esse mérito ao concelho e cultural e tradições de Miranda”, frisou.
Na comemoração dos 476 anos de elevação de Miranda do Douro a cidade foram ainda entregues medalhas de mérito a entidades que estiveram na linha da frente no combate à pandemia, desde profissionais de saúde a forças de segurança.
Sem comentários:
Enviar um comentário