Segundo Juliana Ramos, presidente da RaussTuna, os momentos musicais ajudam a combater a solidão e isolamento a que os idosos ficaram sujeitos em particular com a pandemia. “Depois destes tempos conturbados, que tiveram nos lares, surgiu a ideia de animar um bocadinho as pessoas. Tem sido bom. Quando telefonámos para saber se estariam disponíveis para nos receber, as instituições disseram logo que sim. Algumas delas até nos contactaram, para saber se podíamos lá ir, sendo que souberam da iniciativa através das redes sociais”.
Segundo a estudante do IPB a reacção dos idosos tem sido muito boa, mas para os tunos também tem sido importante retomar os concertos. “Eles gostam sempre. Alguns dançam, batem palmas, ficam contentes. Tentamos escolher músicas mais animadas, que eles precisam de animação. É bom para eles e para nós, que passado tanto tempo começamos a fazer actuações”.
Catarina Parreira uma das responsáveis da Casa de Repouso Senhora da Cabeça, em Nogueira, diz que depois de as actividades com pessoas exteriores à instituição terem sido canceladas devido à covid, a tarde diferente deu outro ânimo aos idosos. “Devido à fase que estamos a viver ficámos isolados, sem visitas e reduzimos as festas. O dia-a-dia deles mudou. É uma iniciativa que traz uma lufada de ar fresco. Tínhamos uma actividade semelhante, com um professor, todos os meses, e, de repente, perdemos isso tudo”.
O pequeno concerto foi um dos que integraram a mini-digressão da RaussTuna, que passou por mais de 10 instituições sociais com idosos.
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