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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Cruz Vermelha abre centro de acolhimento de menores refugiados em Chacim

 Já são dois os centros de acolhimento de jovens refugiados no distrito de Bragança.


Há dois anos que a delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa tem vindo a fazer 
este trabalho de acolhimento e integração, até então com um único centro na cidade de Bragança, mas agora foi aberto um segundo espaço, destinado ao acolhimento de menores não acompanhados, refugiados ou requerentes de asilo em situação de vulnerabilidade, nas instalações do antigo Colégio Ultramarino de Nossa Senhora da Paz, na aldeia de Chacim, Macedo de Cavaleiros.

A abertura deste centro resulta de um protocolo de cooperação entre a Cruz Vermelha, Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, que emprestaram o espaço, e a câmara de Macedo de Cavaleiros.
Duarte Soares, presidente da delegação de Bragança, explica que neste centro vão ser recebidos 19 jovens que vão começar a chegar já esta semana:
“Temos uma capacidade prevista instalada para 19 utilizadores, neste momento vêm já os primeiros oito. São oriundos de várias partes do mundo e estes oito vêm da Síria, Afeganistão, Bangladesh e Paquistão.
A Cruz Vermelha Portuguesa está a investir na requalificação desde centro.
Esta é uma intervenção específica, não só pela idade dos utilizadores, mas também porque é feita no interior do país, num contexto rural e aproveitando as instalações que não estavam a ser utilizadas pela igreja católica.”

O acolhimento a cada jovem tem a duração de 18 meses, ao longo dos quais, além do abrigo, a Cruz Vermelha auxilia na integração na sociedade:
“São 18 meses de programa mas criando, desde o primeiro dia, e sobretudo nos primeiros meses, condições para autonomização progressiva.
Claramente percebemos que nos primeiros meses eles são totalmente dependentes do apoio e da intervenção da Cruz Vermelha, mas o que estamos a criar imediatamente são as primeiras ferramentas para que eles, progressivamente, venham a ser autónomos, primeiro com a aprendizagem da língua e depois com apoio num processo que, por vezes, é muito burocrático de legalização, obter todos os papéis, traduções, etc, para que tenham o seu estatuto reconhecido e a sua permanência perfeitamente legalizada, até em parceria com as entidades públicas e de segurança. Depois os estágios de observação de ofício, de integração profissional, onde o nosso parceiro, o IEFP, também terá uma clara palavra a dizer.
Tudo isto para que no final destes 18 meses eles não precisem de nós e queiram estar connosco já no corpo voluntariado, como já assim acontece.”
Esta atividade é financiada pelo Alto Comissariado para as Migrações com a contribuição dos parceiros.
Um deles é a autarquia de Macedo, que vai dar apoio monetário e logístico, como refere o presidente da câmara, Benjamim Rodrigues:
 
“Sendo 19 jovens, num território como o nosso, há várias implicações, nomeadamente nos consumos energéticos que estão cada vez mais caros.
Estamos aqui para ajudar financeiramente a comportar essas despesas, juntamente com a Cruz Vermelha.
Os montantes ainda não estão definidos e poderão variar. Vamos ajudar com o que é possível.
Na parte de integração ajudaremos na parte logística, com transporte.”
Um trabalho que exige muitos recursos humanos.
Jorge Nunes, Delegado Regional da Cruz Vermelha Portuguesa, acha que faz sentido a reabertura de uma estrutura da Cruz Vermelha em Macedo de Cavaleiros e apela ao voluntariado:
 
“Acho que faz todo o sentido que se crie um grupo de voluntários na área dos professores, por exemplo, estejam no ativo ou reformados, para acompanhar e colaborar com o grupo de jovens que aqui serão acolhidos, e eventualmente outros no futuro.
Evidentemente que isso pode dar lugar à presença da Cruz Vermelha de forma estruturada em Macedo de Cavaleiros, o que já existiu mas acabou por não se conseguir estruturar e manter em atividade, mas a vontade seria essa. Estou convencido que a câmara de Macedo, pela colaboração com esta iniciativa, está aberta também a trabalhar num projeto nesse sentido.
Fazemos o apelo ao voluntariado.”
A presidente da Junta de Freguesia de Chacim, Andreia Eugénio, está satisfeita com a vinda destes jovens para a aldeia e está confiante de que serão bem acolhidos pela população:
 
“Penso que as pessoas vão acolher bem estes jovens, que são uma mais-valia para a nossa aldeia, até porque neste momento passamos uma crise demográfica muito grande e penso que desta forma teremos uma ajuda para criar mais movimento na aldeia, acolhendo pessoas que realmente precisam.
Esperamos que eles criem raízes aqui na aldeia e até constituam cá família.”
Em breve será também aberto um terceiro centro de acolhimento no distrito, na aldeia de Salsas, em Bragança.

Escrito por ONDA LIVRE

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