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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

70 anos do Palácio da Justiça de Bragança: Estatuto da interioridade continua sem ser criado

 Nos 70 anos do Palácio da Justiça de Bragança, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Eduardo Vera-Cruz Pinto, veio falar dos desafios da justiça no interior


Eduardo Vera-Cruz Pinto lembrou que desde 2012 que defende a criação do estatuto e que até agora nada foi feito. "Depois de vir a Bragança, em 2012, defender a abertura de uma nova categoria jurídica, que fosse a interioridade, ninguém ouviu. Quando os senhores professores falam ninguém ouve. Não fizemos o estatuto. Continuamos com um direito mais erudito que popular. Continuamos a considerar pouco as tradições e os costumes na interpretação das leis. As pessoas quando vêm à Casa da Justiça gostam que lhes expliquem a justiça que foi feita. Isso é uma pedagogia da sentença. Tem que ser feito".

O objectivo é criar uma justiça de proximidade, facilitando a interpretação da lei, para que todos a compreendam, tendo em atenção as diversidades do interior. "Não é a citar leis que a justiça se explica. A sentença é fundamentada com as razões de decidir. Era muito importante que essa sensibilidade fosse dada para que exercício da justiça no Interior compreende-se as pessoas do Interior. Algumas coisa são universais, na aplicação da justiça, mas outras são particulares. Isto também pressupõe que não se confunda o direito com a lei".

E 10 anos depois volta novamente a Bragança para falar da criação do estatuto da interioridade. É desta que vai ser ouvido? "Não. Por isso é que vim".

O presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Bragança, João de Matos-Cruz Praia, sem prestar declarações gravadas, falou da carência de funcionários e também de instalações, visto que algumas funções já estão a ser desempenhadas noutro edifício.

A média de idade dos funcionários, da comarca de Bragança que são cerca de 90, ronda os 60 anos. Além da falta de profissionais, a climatização dos espaços é outra das carências.

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo, também presente nas comemorações, falou da falta de condições dos edifícios dos tribunais e pediu que as câmaras também ajudassem na resolução do problema.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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