A Câmara de Bragança está a realizar uma intervenção na zona do castelo que está a dar azo a polémica nas redes sociais. Trata-se de uma empreitada ao nível da dotação de passeios em granito, na cidadela, no acesso ao castelo e junto à igreja de Santa Maria, e no acesso leste, à Porta do Sol, que o presidente da Câmara descreve “com obras para essencialmente promover a mobilidade”, como faremos desde o castelo até a Largo do Principal e deste até às Praças da Sé e Camões”.
Hernâni Dias garantiu que as obras foram “aprovadas pela Direção-Geral de Cultura do Norte”, que se destinam a “promover a mobilidade, para criar corredores no meio das faixas para que as pessoas possam circular com mais facilidade, porque algumas ruas, como a da Costa, são muito ingremes e por isso vamos criar uma faixa de circulação no meio da via para facilitar a circulação aos peões e a outras pessoas de mobilidade reduzida”.
O município vai fazer um investimento de cerca de 800 mil euros, que contempla a criação de corredores de circulação para facilitar a mobilidade “com mais facilidade e conforto”.
Glória Lopes
Uma intervenção deste género, não pela dimensão da obra mas pelo espaço em que está a ser realizada, a Zona Histórica de Bragança, o coração da cidade devia ter merecido uma atenção especial e não aparecer como o tliimmm de uma varinha mágica.
ResponderEliminarO projecto é aprovado por quem de direito, os pareceres VINCULATIVOS também, Mas isso não impede que se dê também a palavra aos cidadãos.
Assim, de surpresa, é inevitável que surjam opiniões apaixonadas. Umas mais razoáveis que outras. Umas mais técnicas e outras fruto de uma vida inteira a ver o Castelo como um Ex-Libris inalterável… por dentro e por fora.
Convocar a comunicação social para apresentação do projecto. Dar uns dias para que os cidadãos (que quisessem) se pudessem pronunciar:
- Meus Senhores, a Câmara Municipal tem este projecto para executar. Estas obras são necessárias por isto, por aquilo e por aqueloutro.
Ajudem-nos a melhorá-lo. Cidadãos, queremos o vosso contributo. Dizei de vossa justiça.
Quem sabe se não surgiriam ideias interessantes para ajudar na escolha dos materiais?
Quem sabe se não surgiriam experiências vividas pelas pessoas a quem tem, IMPÕE a lei, que se garantir o acesso aos espaços públicos. E bem!
Quem sabe se não se teria evitado aquela “eira” plantada no acesso ao interior do Castelo. Há granito de todas as cores e tonalidades.
Dar a voz ao povo, como impõe a democracia, não deve ser apenas em eleições. Deve ser nas decisões de dimensão patrimonial e/ou cultural que impliquem alterações profundas na memória de muitas gerações.
HM