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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Concelho de Mirandela regista segundo caso de Xylella Fastidiosa

 Está oficialmente confirmado o segundo caso de Xylella Fastidiosa no concelho de Mirandela, a bactéria altamente destruidora que afeta várias culturas agrícolas e para a qual ainda não há tratamento.


Depois de, em novembro, ter sido confirmada numa amostra de oliveira, colhida num viveiro na freguesia de Alvites, o que determinou o estabelecimento de uma Zona Demarcada que abrangeu várias freguesias de Mirandela e até de Macedo de Cavaleiros, sabe-se agora que, no final de dezembro, a Xylella foi detetada numa amostra colhida num viveiro da cidade de Mirandela com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a estabelecer uma nova zona demarcada.

Tal como já tinha acontecido no primeiro caso, em Alvites, também os prejuízos para o proprietário do viveiro de Mirandela são avultados.

Depois de confirmado o novo caso, a DGAV emitiu um despacho, datado de 22 de dezembro, para estabelecer a zona demarcada para Xylella fastidiosa, que denominou de Mirandela II, que abrange parcialmente as freguesias de Mirandela, Carvalhais, Cabanelas e Suçães, formada pela zona infetada com um raio de, pelo menos, 50 metros em redor e a zona tampão com a largura de, pelo menos, 2,5 km em redor da zona infetada.

O despacho da DGAV determina ainda as medidas que devem ser aplicadas para a erradicação da bactéria, entre elas está a destruição dos vegetais infetados, a proibição de plantação na zona infetada, bem como a comercialização em feiras e mercados.

Nélson Novais, proprietário do viveiro de Mirandela onde foi detetada a bactéria, não esconde a preocupação com a situação até porque não tem dúvidas que pode implicar a paragem da atividade de vários profissionais do setor:

“A zona dos viveiristas já está demarcada, num raio de 2,5 km, onde 80% do profissionais vão parar. Só com 20% não dá para trabalhar.

Isto é muito complicado e é como uma bomba que aqui nos caiu.”

O proprietário deste viveiro na cidade mirandelense lamenta esta má notícia numa altura em que devia estar a faturar:

“No último mês deixei logo de vender 10 mil euros. Tinha programado até ao fim de janeiro 30 mil e para além deste temos de contar ainda com aquilo que possam vir a destruir, que representa muitos milhares de euros.

Isto apanhou-nos aqui mesmo no início da campanha.

Os viveiros trabalham meio ano para produzir e o outro meio para vender. O impacto vem já do ano passado pois os investimentos foram todos feitos nessa altura para agora podermos vender as plantas.”

Nélson Novais estima que esta situação possa vir a causar um prejuízo a rondar os 60 mil euros:

“Vai mais ou menos para esse valor, 60 mil.

Tenho o problema de ter feito investimentos agora e ter de os pagar, no valor de 50 mil euros.”

A Xylella fastidiosa é uma bactéria que afeta mais de 300 espécies de muitas culturas importantes como olivais, amendoais, citrinos e plantas ornamentais.

Está classificada como organismo de quarentena, dispersa-se através de insetos, em distâncias curtas, e pelo transporte de plantas contaminadas, em distâncias longas.

O perigo está identificado desde 2013, quando a bactéria dizimou os olivais no sul de Itália, levando ao abate de milhões de árvores.

Nos últimos anos, este agente infecioso saltou fronteiras para os restantes países europeus – Portugal incluído – onde a Xylella fastidiosa foi detetada, pela primeira vez, em Janeiro de 2019, na freguesia de Avintes, em Vila Nova de Gaia, em plantas ornamentais, como a lavanda.

Confrontada com este assunto, a Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, sem prestar declarações gravadas, explicou que a DRAPN está a executar o plano emanado pela DGAV, entidade coordenadora nacional, para o cumprimento das medidas de proteção fitossanitária aplicáveis e sempre em estreita colaboração com os produtores e sem qualquer tipo de alarmismo, acrescentou Carla Alves revelando que o assunto está a ser acompanhado de perto também pelo Município de Mirandela e as associações agrícolas, numa concertação de esforços para sensibilizar o Ministério da Agricultura da necessidade de apoiar os produtores afetados.

INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)

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